Música

Nando Reis apresenta, em Brasília, nova turnê ao lado do filho Sebastião

Show acontece hoje e traz sucessos da carreira do ex-Titãs. Nando Reis apresenta o projeto da nova turnê ao lado do filho. Canções como All Star, Relicário, Do seu lado e Por onde andei não devem faltar

Irlam Rocha Lima
postado em 03/12/2021 06:00
Nando Reis e Sebastião: musicalidade e parceria no palco  -  (crédito:  Carol Siqueira/Divulgação)
Nando Reis e Sebastião: musicalidade e parceria no palco - (crédito: Carol Siqueira/Divulgação)

Desde que deixou o Titãs, após participar da gravação do CD A melhor banda de todos os tempos da última semana, em 2001, e dar início à carreira solo, que Nando Reis traz suas turnês a Brasília para shows em locais como Centro Comunitário da UnB, Pier 21, AABB e Pátio Brasil. Porém o palco em que ele mais se apresentou foi o do auditório master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães.

Em março de 2020, ele faria Esse amor sem preconceito, o recital de voz e violão no qual interpretaria canções do disco Não sou nenhum Roberto mas às vezes chego perto, em homenagem a Roberto Carlos. Acabou impedido, por conta da pandemia provocada pela covid-19. E é lá que está de volta hoje, às 21h.

No Ulysses Guimarães, Nando faz uma espécie de prévia da excursão do projeto Nando Hits, que inicialmente cumpre temporada em São Paulo. Neste show o cantor, compositor e músico paulistano tem a companhia de Walter Villaça (guitarras), Alex Veley (teclados), Felipe Cambraia (baixo), Eduardo Schuler (bateria) e do filho Sebastião Reis (vocais e violão). "Estou muito feliz em fazer parte da banda que vai acompanhar meu pai e de tocar as músicas que toco desde pequeno. É algo muito importante para mim, o que está acontecendo neste momento", diz Sebastião.

Em Nando hits, o cantor revisita clássicos de sua obra como All Star, Relicário, Do seu lado, Por onde andei, Pra você guardei o amor, O segundo sol; canções que compôs na época do Titãs, entre elas Marvin e Os cegos do castelo; e parcerias com Marisa Monte e Carlinhos Brown, a exemplo de ECT e Na estrada; e com Lô Borges e Samuel Rosa, Dois rios e Resposta.

Na abertura do show, o público vai ter oportunidade de conhecer o power trio Colomy, que tem Sebastião Reis entre os componentes. Os outros músicos são o baterista Eduardo Schuler (e o guitarrista e vocalista) e Pedro Lipatin — ambos gaúchos. Os três se conheceram durante a gravação do primeiro disco de Beto Bruno, ex-vocalista da Cachorro Grande. Na apresentação, a banda vai mostrar composições autorais e uma versão jovial do clássico Dona, de Sá e Guarabira.

Show de Nando Reis e banda

Com abertura de banda Colomy, hoje, às 21h, no auditório master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães(Eixo Monumental). Ingressos: poltrona superior R$ 100; poltrona especial R$ 140; poltrona vip R$ 190; poltrona premium R$ 250, à venda em lojas Bilheteria Digital. Não recomendado para menores de 14 anos.

Entrevista// Nando Reis

Este show em Brasília é parte da nova turnê?

Na verdade, a turnê Nando hits ainda não começou. Nós estamos numa pré-temporada, porque a estreia é em São Paulo. Mas, estruturalmente, em termos de repertório, é 90% do que nós vamos apresentar em Brasília. A grande parte do repertório são os meus sucessos, que estão sempre presentes nos shows.

Qual é o sentimento ao dividir a cena com o Sebastião?

É incrível. É um sentimento de realização... Até de espanto em perceber o desenvolvimento dos filhos, os caminhos. Eu tenho cinco filhos e o caminho que cada um toma é inesperado e surpreendente. É a vida e, de alguma maneira, é jubilo.

Que avaliação faz do trabalho dele?

É muito talentoso. Tem uma banda nova agora, a Colomy. Ele se aprimorou muito. É muito estudioso, perfeccionista e ele canta muito bem. Então, é extremamente musical. A relação dele com a música sempre foi intensa e perceptível desde a infância. Agora, eu posso dizer que, de fato, ele é um profissional. 

Em que canções vocês fazem duo?

No show voz e violão, cantamos mais músicas. No show com banda, dividimos Resposta e Cegos do castelo; e, sozinho, ele interpreta Dona, de Sá e Guarabira.

Na convivência com o filho, há limite nos assuntos abordados durante as conversas, ou é jogo aberto?

O jogo é aberto, mas não significa que seja invasivo. Há um respeito muito grande pela privacidade, pela intimidade. Eu estou sempre acessível e disponível para qualquer consulta, conversa.

No repertório de clássicos e canções menos conhecidas está incluída Espatódia, ouvida na trilha do remake da novela Paraíso Tropical?

Espatódia está presente. Mas como é uma música mais calma, mais lenta, depende muito do tipo do espaço e até mesmo do horário da apresentação. Porque ela exige uma concentração da plateia e a forma como as pessoas assistem show hoje dia. Eu tenho uma espécie de expectativa de participação. Principalmente neste momento pandemia em que as pessoas ficaram muito reclusas. Tenho tentado privilegiar as coisas que as pessoas possam extravasar. Mas isso não quer dizer que eu não vá tocar.

Há músicas no set list do Esse amor sem preconceito, o show anterior?

No show de Brasília não. No show de voz e violão, muitas vezes, eu incluo.

O que tem a dizer sobre a performance da nova banda que o acompanha?

É excelente. São três músicos que tocam comigo há muito tempo. O Cambraia no baixo, o Alex nos teclados e o Walter na guitarra. Mas a presença do Sebastião na voz e no violão e do Eduardo Schuler na bateria trouxeram um vigor incrível.

 

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