Curso

Parceria entre plataformas traz curso de roteiro para pessoas negras e LGBT

Parceria entre a Netflix e o Clube do pensamento resultou em curso de roteiro com objetivo de aumentar a diversidade no mercado audiovisual

Correio Braziliense
postado em 21/03/2022 15:25 / atualizado em 21/03/2022 15:58
 (crédito:  Divulgação)
(crédito: Divulgação)

O Clube do Pensamento, em parceria com o serviço de streaming Netflix, abre inscrições para um curso de roteiro de comédia voltado para profissionais de baixa renda, negros, da terceira idade, pessoas com deficiência e LGBTQIA+ de qualquer região do Brasil. A capacitação ocorrerá no Clube do pensamento, plataforma que oferece cursos com o objetivo de integrar minorias no mercado audiovisual do país.

As aulas serão ministradas pelo ator Rodrigo Sant’Anna e pelo roteirista Junior Figueiredo, criador da plataforma de cursos. Figueiredo criou o projeto visando ampliar a diversidade na indústria audiovisual e percebeu que determinados grupos acessavam poucas oportunidades.

“Minha motivação para criar o Clube do Pensamento está diretamente ligada à minha própria história de vida. Vim de uma realidade onde trabalhar com arte era uma abstração. A meritocracia ostenta uma fama traiçoeira. A ideia de que se pode chegar ao topo com talento e perseverança legitima as desigualdades, nos fazendo crer que a culpa é sempre nossa, que não tentei o suficiente, não fiz por onde, não sou de fato bom no que faço”, diz Rodrigo, em nota à imprensa.

A inscrição é feita pelo site oficial do Clube do pensamento até dia 27 de março. O curso é virtual e gratuito e a previsão é que as aulas ocorram entre abril e junho.

Para Santa'Anna, o projeto é uma maneira de tornar o mercado mais plural. "Se temos mais pretos contando histórias, mais histórias de pretos serão produzidas, e o mesmo se dá para todos os outros grupos historicamente excluídos. Já passou da hora de dar espaço para esses grupos contarem suas histórias. Eu, que sou preto, gay e favelado, sou a exceção. Mas, com o Clube do Pensamento, quero que essas histórias e vozes se tornem regra”, explica Rodrigo Sant’Anna no material de divulgação.

 

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