Música

Zé Ramalho faz show em Brasília com sucessos de 40 anos de carreira

Zé Ramalho se apresenta no Centro de Convenções Ulysses Guimarães em show que faz uma viagem por mais de 40 anos de grandes canções

Pedro Almeida*
postado em 12/08/2022 06:00
 (crédito: Leo Aversa/ Divulgação)
(crédito: Leo Aversa/ Divulgação)

O cantor Zé Ramalho retorna a Brasília com uma apresentação recheada de clássicos. Amanhã, a partir das 22h, ele sobe ao palco do Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Após dois anos em reclusão, Zé Ramalho voltou aos palcos em fevereiro deste ano com a missão de apresentar um espetáculo que fizesse jus aos mais de 40 anos de carreira. Para tal, o cantor se juntou à Banda Z, formada por Rogério Fernandes (baixo), Zé Gomes (percussão), Vladimir Oliveira (teclados), Edu Constant (bateria) e Toti Cavalcanti (sopros). Junto, o grupo tem excursionado em turnê pelos palcos brasileiros, que contempla grandes clássicos, mas sem deixar de fora o lado B. Admirável gado novo, Avôhai, Entre a serpente e a estrela, Beira-mar, Eternas ondas, Garoto de aluguel, Vila do sossego e Banquete de signos devem ser presença certa no repertório. Na estrada desde o começo do ano, a turnê tem sido aclamada por público e crítica especializada. Agora, o cantor estaciona no coração de Brasília. É a primeira passagem pela capital desde 2019.

Atuante desde os anos 1970, Zé Ramalho segue a todo vapor. Ano passado, o cantor fez do limão azedo da reclusão pandêmica uma limonada. O lançamento, em 2021, de um box composto de quatro discos batizado de O garimpo das raridades trouxe à tona canções incríveis, mas, que, porventura, poderiam ter passado batidas para o ouvinte ocasional. Ramalho ainda produz, neste ano, um disco de inéditas previsto para ser lançado em 2023. Entre as sessões de estúdio, o músico encontra o tempo do reencontro com os fãs na extensa turnê de 2022.

Zé Ramalho nasceu em Brejo do Cruz, na Paraíba, em 1949. A vida no sertão serviu de base para que o músico criasse uma miscelânea singular. O repente se juntou ao psicodélico; os Beatles abraçaram Jackson do Pandeiro; Pink Floyd encontrou Luiz Gonzaga. Em posse de um arcabouço musical diverso, Zé Ramalho ainda encontrou inspiração para sobrepor fina poesia à harmonia desenhada por ele. Admirável gado novo, faixa do disco A peleja do diabo com o dono do céu, segundo do cantor, serviu de crítica à ditadura militar brasileira e segue atual nos dias de hoje. São mais de 20 álbuns de estúdios que marcaram diversas gerações de brasileiros dispostos a embarcar na viagem surrealista narrada em voz cavernosa que canta em tom de declamação.

*Estagiário sob a supervisão de Severino Francisco

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    Zé Ramalho Foto: Leo Aversa
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    Zé Ramalho Foto: Leo Aversa
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