O Foto BSB — Festival de Fotojornalismo de Brasília realiza a segunda edição entre os dias 8 a 18 de setembro. O tema escolhido é Foto resistência, que permeará todas as mesas e encontros promovidos no evento. O festival convoca fotojornalistas e interessados em fotografia documental para participar da seleção.
A Convocatória Cerrado Berço das Águas já está aberta e o período de inscrições se estende até 30 de agosto. O Foto BSB 2022 busca destacar a beleza do cerrado e denúncias da devastação do bioma. A seleção será feira por meio de formulário e os trabalhos serão expostos na Galeria Virtual das redes sociais do festival. Mais informações podem ser adquiridas no site do evento.
As fotografias se tornarão uma alternativa de mobilização e sensibilização para a luta em preservar a vegetação que é considerada o coração do Brasil, onde brotam veios d’água que alimentam parte considerável das bacias hidrográficas do país. Pastos e plantações de soja que se alastram por todo o território, bem como as frequentes queimadas no período de seca, ameaçam a biodiversidade brasileira e tal problemática receberá visibilidade no Foto BSB.
O autor da imagem que melhor representar o cerrado participará de uma mesa on-line no festival e receberá prêmio no valor de R$ 800. Nesta edição, a produção optou por manter o formato on-line: os encontros serão disponibilizados em galeria virtual no Instagram e Facebook do evento e no canal oficial do Youtube. O Foto BSB – Festival de Fotojornalismo de Brasília tem o apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, com o fomento do FAC DF (Fundo de Apoio à Cultura).
Zuleika de Souza é uma das curadoras do evento, ao lado de Cláudio Versiani, e relembra o principal objetivo do projeto. “O Foto BSB existe para difundir o fotojornalismo e discutir como ele é construído e pensado no Brasil”, explicou. Segundo a fotojornalista, os idealizadores buscam levantar temas de relevância a cada edição. “A primeira [edição] foi sobre a pandemia. Desta vez será sobre o cerrado e territórios indígenas. Em linhas gerais, trazemos o fotojornalismo como foco de resistência”, conclui.
Além dos fotógrafos participantes do DF, Zuleika conta com a presença de uma ampla diversidade de artistas. “Teremos fotógrafos indígenas, historiadores nos debates e até fotógrafos que trabalham com conflitos no exterior, como na Ucrânia”, relatou. Zuleika de Souza é nome de referência no ramo, tendo feito os registros abaixo em manifestações por Brasília nos últimos anos e em 2015, época em que ainda trabalhava no Correio Braziliense.
*Estagiária sob a supervisão de Nahima Maciel
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