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Brasília 63 anos: 'Podcast do Correio' mergulha na memória musical da cidade

O segundo episódio da série especial em comemoração ao aniversário de Brasília e do Correio Braziliense conta com a participação do jornalista Irlam Rocha Lima, testemunha ocular da cultura da capital

Aline Gouveia
postado em 18/04/2023 15:39 / atualizado em 18/04/2023 15:57
 (crédito: Caetano Mota/CB/D.A Press)
(crédito: Caetano Mota/CB/D.A Press)

Para celebrar o aniversário de 63 anos de Brasília e do Correio Braziliense , o jornal preparou uma série especial do Podcast do Correio conversando com jornalistas que marcaram a história de ambos. No segundo episódio, os jornalistas Ronayre Nunes e Talita de Souza receberam Irlam Rocha Lima, jornalista do Correio há 48 anos e testemunha ocular da cultura da capital.

Irlam entrou no Correio para ser repórter de Esportes. Em pouco tempo, contudo, ele conta que logo se enturmou com a equipe da redação e reforçou a importância de assuntos relacionados à cultura. Então, o jornalista se ofereceu para escrever sobre a área. "Eu cobria futebol, mas me sobrava tempo para assistir aos shows na cidade", diz. O primeiro grande artista que o jornalista entrevistou pelo Correio foi Gilberto Gil, que veio a Brasília em 1975, com o show Refazenda.

O palco do show de Gil foi o ginásio do colégio Marista, na 606 Sul, pois o Ginásio Nilson Nelson ainda estava em construção. Nesse local, ele ainda presenciou os shows de Rita Lee, Vinícius de Moraes e Toquinho. "Com o passar do tempo, o Ginásio Nilson Nelson foi palco dos grandes shows, lá eu assisti os Doces Bárbaros (Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia e Gal Costa), em 1976, foi um show maravilhoso. Participei da coletiva e grande parte das perguntas foi eu quem fiz", lembra o jornalista.

Brasília em tempos de ditadura militar

Irlam também lembra que a cantora Rita Lee chegou a ser proibida de apresentar o show Ovelha negra em Brasília por conta da ditadura militar, pois ela se manifestava contra o regime repressivo. "O Ney Matogrosso também tinha um show marcado, mas não pôde fazer. Ainda na época do Secos e molhados, ele fez comentários sobre isso. Aos poucos, as coisas foram se abrandando, e Brasília se transformou em uma das cidades que não podem faltar nas turnês dos artistas, pois eles sabem que aqui tem um público grande", ressalta o jornalista.

A relação do Correio com a música na capital

Irlam avalia que o Correio Braziliense tem um papel importante na consolidação de Brasília como integrante do circuito da música brasileira, além de também divulgar e acolher os artistas locais. "Nós prestamos um grande serviço à cidade, no sentido de divulgar bem os artistas", frisa o jornalista. Em 1984, foi o Correio quem fez a primeira matéria com a banda Legião Urbana, do artista Renato Russo.

"Brasília foi chamada de capital do rock, por causa das bandas que foram surgindo. O Renato veio aqui, era o primeiro grande show, chamado Temporada do rock. Ele era um cara genial, escrevia letras fantásticas. Eu sou um felizardo por ter assistido os grandes nomes da música brasileira", ressalta Irlam.

Veja na íntegra:

 

 

 

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