Em edição especialíssima do Night Lab, o icônico cantor e compositor baiano Tom Zé e a eclética artista brasiliense Ellen Oléria se apresentam nesta quinta-feira (30/11), a partir das 21h30, no palco instalado em frente ao painel de LED do Sesi Lab, para dar início às comemorações do primeiro ano do museu interativo. Os ingressos estão disponíveis no site e na bilheteria física a partir de R$ 20 (meia), e as celebrações se estendem pelo final de semana com entrada gratuita.
Com 87 anos, Tom Zé mostra-se animado para se apresentar em um palco não muito convencional: "O museu é um lugar que guarda a história da humanidade, a história do trabalho do homem, um lugar onde a pessoa pode recorrer para toda dificuldade que tem." Para o repertório, o artista promete um setlist interessante. "O museu, por exemplo, é uma coisa que imediatamente me ocorre várias canções que eu fiz, porque nunca trabalhei pelo simples gosto de estar botando minha voz no mundo", conta Tom Zé.
"Eu me lembro de Brasília em 1955, quando a cidade estava construindo, que se falava que nós íamos ter uma capital longe de um local já influente por si mesmo, que era o Rio de Janeiro. Agora estaríamos perto de todos os povos, de todos os estados e de todos os interesses brasileiros", recorda Tom Zé. Apesar de a profecia não ter se concretizado, o cantor e compositor afirma que "Brasília é sempre uma alegria".
Nome forte e consolidado da nova geração da música candanga, Ellen Oléria conhece o Tom Zé de outros de carnavais e o considera muito especial. "Eu tive a oportunidade de abrir o show do Tom Zé há uns anos atrás, em Londrina, com a banda Suatá", lembra a cantora e compositora brasiliense. "O Tom Zé é uma figuraça, muito simpático, uma pessoa muito generosa, e, para mim, é um privilégio muito grande subir no mesmo palco que ele."
Ellen afirma que o Sesi Lab é "um espaço muito interessante" em razão da acessibilidade: "Ele me parece muito democrático, pois está localizado numa região especial para nós, que é do lado da Rodoviária, ao lado do metrô. Então, isso facilita o acesso à programação do museu da população do DF."
Ela relembra a primeira vez que se apresentou no local, para o especial de aniversário de Brasília, em 21 de abril. "Eu vi um encontro geracional bem bonito lá. Tinha várias cabecinhas brancas, e também tinha muitas crianças, muitos adolescentes, e isso foi muito legal."
Durante o primeiro ano de vigência, o Sesi Lab recebeu mais de 240 mil visitantes e mais de 74 mil participantes em 1,5 mil atividades educativas e culturais. De acordo com Cláudia Ramalho, gerente-executiva de cultura do Sesi, 98% dos visitantes avaliaram a experiência no Sesi Lab como ótima ou muito boa. "A gente percebe que, para todo esse trabalho de revitalização desse setor, que inclui o túnel que nós desenvolvemos com o GDF, foi muito importante entrar no programa Adote uma Praça. Tanto a adoção do túnel como o da praça em frente revitalizou essa área e trouxe segurança para a população."
"E o resultado disso é que a gente percebe que todas as ações que a gente desenvolve aqui, no nosso espaço, têm sido cada vez mais populares", afirma Ramalho. "Há exemplos do Night Lab que, nessas oito edições que foram realizadas, nós tivemos um público de mais de 8 mil pessoas."
*Estagiário sob a supervisão de Severino Francisco
Serviço
Tom Zé e Ellen Oléria no Night Lab
Nesta quinta-feira (30/11), a partir das 19h no Sesi Lab (ao lado da Rodoviária). Ingressos a partir de R$ 20 no site Sympla ou na bilheteria física. Classificação: 18 anos.
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