HOMENAGEM

Capoeiristas de Ceilândia recebem títulos de Doutor Honoris Causa

A Ordem dos Capelães reuniu mestres e representantes culturais para a cerimônia de outorga, em São Paulo

A Faculdade de Capelania da Ordem dos Capelães do Brasil concedeu ao Mestre Mancha e à Mestranda Benguela o título de Doutor Honoris Causa. O título é um reconhecimento pelos quase 30 anos de serviços à comunidade da Ceilândia e Sol Nascente e pela luta pela valorização da capoeira.

Edmilson José de Souza, Mestre Mancha, já ensinou mais de mil crianças e jovens. Em 1998, recebeu um prêmio da UNESCO por seu trabalho no Centro de Ensino Médio 11 da Ceilândia, onde leciona até hoje. Suelen Saboia Cardoso, Mestranda Benguela, trabalha com a pedagogia da capoeira ensinando em oficinas e escolas pelo DF. Juntos há mais de 20 anos, lutam pela valorização da capoeira e de outras manifestações afro-brasileiras na periferia.

A cerimônia de outorga de Doutores Honoris Causa reuniu dezenas de mestres da Capoeira do mundo, dia 13 de abril em Diadema, São Paulo. O título é a máxima distinção concedida por uma universidade para pessoas que contribuíram de maneira notável para a sociedade, independentemente da graduação acadêmica.

Os homenageados são fundadores do Instituto Mãe África, ponto de cultura na Ceilândia Norte que promove a cultura afro-brasileira e eventos comunitários, e do Grupo de Capoeira Ginga Ativa, que atua na Ceilândia e na Universidade de Brasília (UnB). Em 21 de abril, aniversário de Brasília, o grupo estará realizando a 12º edição do evento de capoeira Kilombrasília. Mais informações podem ser encontradas no Instagram @institutomaeafrica.

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