
Ricardo Daehn
Numa trajetória em que 14 homens tiveram indicações a prêmios por interpretações em línguas estrangeiras (ao inglês), as mulheres entraram em campo com mais intensidade: 30 atrizes obtiveram indicações em línguas diferenciadas. Sandra Hüller, ano passado, com Anatomia de uma queda falou francês, inglês e alemão, no mesmo filme. Algumas indicadas foram coadjuvantes como Valentina Cortese, Rinko Kikuchi, Marina de Tavira e a vencedora coreana, em 2021, Yuh-Jung Youn (de Minari). Em silêncio, Marlee Matlin conquistou o Oscar por Os filhos do silêncio, em 1986, e Sally Hawkins emocionou em A forma da água (2018).
Confira as atrizes indicadas, em língua dita estrangeira:
Sophia Loren venceu em 1962 por Duas mulheres e competiu em 1965 por Matrimônio à italiana (italiano)
Anouk Aimee competiu em 1967 por Um homem, uma mulher (francês)
Ida Kaminska, em A pequena loja da rua principal (1967) (tcheco)
Liv Ullmann, em 1973, por Os emigrantes, e 1977, por Face a face (sueco)
Isabelle Adjani, em 1976, por A história de Adele H. e, 1990, por Camille Claudel (francês)
Marie-Christine Barrault, por Primo, prima (1977) (francês)
Ingrid Bergman, por Sonata de outono (1979)(sueco)
Catherine Deneuve, por Indochina (1993) (francês)
Fernanda Montenegro, em 1999, por Central do Brasil (português)
Catalina Sandino Moreno por Maria cheia de graça (2005) (espanhol)
Penélope Cruz, por Volver (2007) e Mães paralelas (2022), em espanhol
Marion Cotillard venceu, em 2008, por Piaf, um hino ao amor, e competiu em 2015, por Dois dias, uma noite (francês)
Emmanuelle Riva, em Amour (2013) (francês)
Isabelle Huppert, por Elle (2017) (francês)
Yalitza Aparicio, por Roma (2019) (espanhol)
Fernanda Torres, por Ainda estou aqui, em 2025 (português); e por Emília Pérez, Karla Sofia Gascón e a coadjuvante Zoe Saldaña.