Oscar 2025

Oscar 2025: conheça a trajetória do diretor Walter Salles

Diretor de Ainda estou aqui, Walter Salles é a mente por trás de filmes como Central do Brasil, Linha de passe e Abril despedaçado

Walter Salles no set de Ainda estou aqui -  (crédito: Divulgação/Sony)
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Walter Salles no set de Ainda estou aqui - (crédito: Divulgação/Sony)

Com Globo de Ouro, BAFTA e Urso de Ouro no currículo, o cineasta carioca Walter Salles assina mais um filme nomeado ao Oscar, prêmio de maior prestígio do cinema norte-americano. Diretor de Ainda estou aqui, ele volta a ser lembrado pela Academia 27 anos depois do sucesso Central do Brasil (1998), longa que concorreu como Melhor filme estrangeiro e Melhor atriz, com Fernanda Montenegro. Neste ano, porém, o prestígio é maior — a produção liderada por Walter também é indicada na principal categoria da noite, Melhor filme.

Nascido em 1956, a carreira do cineasta começou aos 30 anos de idade, com os documentários Krajcberg, o poeta dos vestígios (1986) e Socorro Nobre (1995). No mesmo ano, em meados da década de 1990, surgiu a primeira parceria entre Walter e Fernanda Torres, protagonista de Ainda estou aqui. Co-dirigido por Daniela Thomas, Terra estrangeira foi estrelado pela filha de Fernanda Montenegro e selecionado para diversos festivais internacionais.

Também com Daniela, Walter Salles assinou o filme Linha de passe (2008), que rendeu o prêmio de Melhor atriz à Sandra Corveloni no Festival de Cannes. O longa foi aplaudido durante nove minutos no evento. Outro destaque da filmografia do cineasta é Abril despedaçado (2001), produção suíço-franco-brasileiro baseada no romance Prilli i Thyer, de Ismail Kadare. A obra foi indicada ao Globo de Ouro e ao BAFTA como Melhor filme estrangeiro.

Fora do circuito brasileiro, o carioca foi responsável por outros filmes de sucesso, como Diários de motocicleta (2004), indicado ao Oscar por Melhor roteiro adaptado e ao Globo de Ouro como Melhor filme estrangeiro. No BAFTA, o longa somou cinco indicações. Em 2011, Na estrada, adaptação do romance homônimo de 1957 de Jack Kerouac, foi nomeado à Palma de Ouro no Festival de Cannes.

Irmão do documentarista e produtor de cinema João Moreira Salles, o cineasta mantém, junto à família, o renomado Instituto Moreira Salles. O IMS, como também é conhecido, tem como finalidade a formação de acervos e o desenvolvimento de programas culturais nas áreas de fotografia, literatura, iconografia, artes plásticas, música e cinema.

Terceiro cineasta mais rico do mundo segundo a Forbes, Walter Salles acumula uma fortuna avaliada em mais de US$ 4 bilhões, cerca de R$ 24 bilhões na cotação atual. O brasileiro fica atrás apenas dos diretores George Lucas e Steven Spielberg.

 

Isabela Berrogain
postado em 24/01/2025 15:46