
Crítica // Superman ★★★
Um gigante e agressivo dragão parece dos menores riscos para Metrópolis que, a dada altura da trama de Superman, precisa ser evacuada. Muitos serão os problemas alinhados na Terra para o meta-humano criado no Kansas e que, na jornada de Clark Kent, disfarçado apenas com óculos, se meterá no conflito resultante da invasão à fictícia Jarhanpur por parte da Borávia, essa sob o comando do amalucado presidente Vasil Ghurkos (Zlatko Buric). Ainda que bastante operante, no comando de um tabuleiro de guerra, demarcando ataques ao Homem de Aço, Lex Luthor ganha pouco aguerrida performance de Nicholas Hoult. Diferentemente da patricinha Eve (personagem deslumbrado de Sara Sampaio), a namorada de Lex, um outro tipo feminino vai chamar a atenção do lado mau da parada: a Engenheira (papel da empenhada María Gabriela de Faría). Quando entra em cena, há certeza de espetáculo de ação.
Doutrinado na juventude, passada no Kansas, para fazer do "mundo um lugar melhor", Superman (David Corenswet, bem adequado ao protagonista), logo nas primeiras cenas, demonstra a crise, com a respiração comprometida e a força esvaída, neste filme que leva a forte mão do diretor James Gunn (renovador para os ares da DC Comics no cinema). O bálsamo de esperança delineado pelo herói é deturpado na dinâmica (algo adulta) do filme: o governo é dinamitado por mundo de fake news e não demora o Superman motivar nas redes emblemáticas citações como #Superespião. O temido Ultraman, aliado da Luthercorp, empresa que acirra um mundo caótico (sob a literal ameaça de ser "partido ao meio"), fica para trás quando prevalece porção de kryptonita (o mineral tão temido por Superman), numa situação piorada pela capacidade criativa de Gunn: afeito a artimanhas, ele injeta o conceito de multiverso na DC, com rio de antiprótons e ainda doses de "inteligência" contra "a força bruta".
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
Entre discussões de política internacional bastante pertinentes, e junto com gracejos como meter na trilha Punkrocker (dos Teddybears) e uma hilária presença do Peacemaker (visto em série), Gunn acerta em escolhas como a da inclusão de Krypto (o cão do Superman) e ainda a aliança da Gangue da Justiça, que traz Sr. Incrível (Edi Gathegi), o divertido Guy Gardner (Nathan Fillion, que vive o Lanterna Verde) e Mulher-Gavião (Isabela Merced, de Transformers: O último cavaleiro). Junto com uma boa expressão de Lois Lane (Rachel Brosnahan), o filme aposta acertadamente na figura de Metamorfo, ou o Homem-Elemento (Anthony Carrigan), que parece uma boa sobra da saga Guardiões da Galáxia (do belo e recente passado de James Gunn no cinema).
Flipar
Esportes
Flipar