
Crítica // Filhos ★★★
Em 2024, durante o Festival de Berlim em que despontaram obras de Mati Dipo, Olivier Assayas e Bruno Dumont, o cineasta sueco Gustav Möller entrou em campo, na disputa pelo Urso de Ouro com este drama apinhado de suspense e que testa nervos de muitos. Junto com o roteirista inglês Emil Nygaard Albertsen, Gustav Möller cria uma coprodução entre Dinamarca e Suécia, que quase se equipara à pequena joia criada em 2018, Culpa, que foi muito festejado na 6ª edição do Biff — Brasilia Internacional Film Festival.
Filhos se passa em uma complexa edificação de alta segurança do sistema prisional, em que Eva (Sidse Babett Knudsen), destacada policial penal, deixa aparente o pendor por apadrinhar os detentos. Numa mais do que eficiente edição assinada por Rasmus Stensgaard Madsen, o filme contempla um segredo tornado o coração do filme, e que se devela lentamente.
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O realismo e a rusticidade captados nos corredores da penitenciária são os trunfos, isso, claro, afora o belo trabalho da atriz central, completamente entregue. Ela, Eva, migra da ala menos radical dos presos, por vontade própria, para o epicentro da violência na instituição. Completam o elenco do filme, também bastante concentrados, Sebastian Bull, no papel do perseguido, e imprevisível, Mikkel e Dar Salim, à frente de Rami, o chefe mais inflexível de Eva.
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