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Dua Lipa reafirma apoio à Palestina e nega polêmica com ex-agente

Cantora critica sensacionalismo midiático em torno de sua posição política

Dua Lipa voltou a ser centro de debates nesta semana, mas não por conta de lançamentos musicais. A artista britânica utilizou suas redes sociais para esclarecer rumores publicados pelo tabloide Daily Mail, que afirmava que ela havia demitido seu ex-agente, David Levy, em razão de divergências políticas.

Segundo a cantora, a informação não apenas era falsa, como também fazia parte de uma narrativa criada para gerar polêmica e alimentar divisões online. No comunicado, Dua classificou a reportagem como “falsa e inflamatória” e alertou sobre os riscos do uso de tragédias globais como ferramenta de sensacionalismo midiático.

O estopim do episódio foi um e-mail atribuído a Levy, no qual ele e outros profissionais da indústria musical tentavam pressionar organizadores do festival Glastonbury a cancelar a participação do grupo irlandês Kneecap, conhecido por seu posicionamento pró-Palestina. Os signatários alegavam que a banda incentivava o antissemitismo, mas a tentativa de boicote não teve efeito: o trio acabou se apresentando normalmente no evento.

Com o vazamento do e-mail, começaram a circular especulações de que Dua Lipa teria rompido com Levy em solidariedade ao Kneecap e, por consequência, à causa palestina. Foi nesse contexto que o Daily Mail publicou a reportagem sugerindo que a decisão teria sido pessoal e motivada por conflitos de opinião.

O posicionamento firme de Dua Lipa

Diante da repercussão, Dua usou suas plataformas oficiais para desmentir os boatos. Ela reafirmou que não rompeu laços profissionais com Levy por causa do episódio, mas ressaltou que discorda profundamente da forma como alguns executivos tentaram silenciar artistas que se manifestam politicamente.

No mesmo comunicado, a artista reiterou sua postura pública em defesa da Palestina, usando a frase: “It is always Free Palestine” (“Sempre será Palestina Livre”). Para ela, associar o apoio a uma causa humanitária a supostas disputas pessoais é um desvio do debate real, que deveria estar centrado na busca por justiça e paz.

O caso reacende uma discussão antiga dentro da indústria musical: até que ponto artistas têm liberdade para expressar posicionamentos políticos sem sofrer represálias ou campanhas de boicote? Dua Lipa não é a primeira a enfrentar pressões. Outros músicos já relataram situações semelhantes, em que executivos ou patrocinadores tentaram impor limites ao que pode ou não ser dito publicamente.

A fala da cantora reflete não apenas sua visão pessoal, mas também a de uma geração de artistas que enxerga o palco como espaço legítimo de engajamento social e político. O embate com a imprensa, por outro lado, evidencia os riscos do sensacionalismo, capaz de distorcer narrativas para gerar engajamento e cliques.

Para os fãs, a mensagem foi clara: Dua Lipa segue comprometida em usar sua voz além da música, reafirmando que não permitirá que informações falsas ditem sua trajetória ou apaguem sua solidariedade a causas que considera justas.

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