
Crítica // Os estranhos: capítulo 2 ★★
Não é apenas uma vez que a protagonista deste filme dirigido por Renny Harlin é salva pelo pelo gongo. Maya (Madelaine Petsch) perde muito sangue no frenético ritmo de jogo em que, aleatoriamente, é perseguida pelo trio de vilões presentes no filme de 2008. Debilitada, ela escapará de machado, flechas e facas, num roteiro pouco empenhado da dupla Alan R. Cohen e Alan Freedland (os mesmos colaboradores, há 15 anos, da sombria comédia Um parto de viagem). Para justificar a jornada de terror, de cara, se diz que, em 2023, 1,6 mil foram mortas por criminosos que as escolheram a esmo.
Muito remete à morte do noivo dela, Ryan (Froy Gutierrez), abatido no Capítulo 1 (do ano passado). Num ambiente de desconfiança generalizada, entre outras coisas, Maya será assediada, enfrentará males da floresta, mesmo em plena luz do dia, e reviverá traumas, num ambiente de necrotério. Nada, entretanto, fará muito sentido. Forçosamente, o enredo inclui alusões à leitura da Bíblia e o retorno do cenário da cabana, crucial para os primeiros crimes do filme.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
Na trama em que se ameaça desmascarar os assassinos (sempre silenciosos e mecânicos), multiplicam-se problemáticas como os indícios de justificativa para infanticídio, os delírios presenciados no hospital e o bullying representado, e que contorna coadjuvantes decisivos no enredo. Danica (Brooke Johnson), a enfermeira, dará acesso para outros problemas atrelados a Maya, o mais visível sendo Gregory (Gabriel Basso) um tipo com ares dementes, e que atiça a química junto a Maya. Com mais atitude, Maya terá momentos risíveis como o do encontro com o javali (desproporcional e de péssimo acabamento visual) que a persegue aos moldes de O regresso (com Leonardo DiCaprio). Difícil levar a sério.
Saiba Mais
Esportes
Esportes
Esportes