Na trama, Juliana é filha do delegado Edgar (vivido por Che Moais), estuda no Instituto de Biologia da cidade e integra o grupo que faz bullying com Flora, sua ex-melhor amiga, interpretada por Alanis Guillen. "A princípio, ela parece presa a uma mentalidade limitada, repetindo padrões e preconceitos herdados do seu meio", contextualiza a sinopse da produção.
A transição das campanhas de Prada e Versace para os sets de gravação foi, nas palavras de Ana, "intensa e transformadora". Em entrevista ao Correio, ela não esconde a emoção da estreia. "Sentir um sonho sendo realizado é delirante! E estrear já mergulhando em um universo de fantasia e suspense foi desafiador, precisei acreditar de verdade no impossível", conta.
O interesse pelas artes cênicas, no entanto, é antigo. "Atuar sempre foi um sonho. Desde criança eu tinha essa vontade de contar histórias", revela. A decisão de correr atrás desse objetivo a trouxe de volta ao Brasil, onde estudou e se dedicou à nova profissão. "Foi então que recebi o convite para fazer o teste e logo depois a aprovação. Foi como se o universo dissesse: ‘era pra ser agora’."
Dor e inspiração
O momento de alegria profissional, porém, coincidiu com um dos períodos mais difíceis de sua vida. Ana recebeu a confirmação do papel na série pouco depois de descobrir que sua mãe havia sido diagnosticada com câncer. "Foi o momento mais difícil da minha vida, pensei em recusar o papel", admite. Mas a decisão final foi outra. "Decidi que trazer essa alegria pra ela poderia ser uma força também. E foi, ela viveu tudo comigo, conheceu o set, leu o roteiro."
A atriz descreve a dualidade daqueles dias como "dolorosa". "Já precisei gravar depois de saber que ela estava sendo internada, só conseguia pensar em terminar pra olhar meu celular e é claro que não consegui dar o meu melhor." Apesar da dor, Ana viu sua conquista se tornar um alento para a mãe durante o tratamento. "Ver que eu tinha concretizado esse sonho deu muita força pra ela."
Até um vídeo do ator Rodrigo Lombardi, desejando melhoras, chegou à mãe de Ana no hospital. "Ela brincava que só ia ‘descansar’ quando me visse na tevê", lembra, com carinho. A Globo chegou a tentar liberar um acesso antecipado para que ela assistisse à série, mas, infelizmente, não houve tempo. "Hoje eu sei que ela vai me ver de onde estiver", diz, com um misto de saudade e fé.
Disciplina e reinvenção
Com uma carreira internacional como modelo desde os 17 anos, tendo trabalhado na França, Alemanha, Itália e Inglaterra para grifes como Armani e Lacoste, Ana não pretende abandonar completamente a moda, mas deixa claro onde está seu foco agora. "A moda me abriu portas, me deu disciplina e independência, mas a atuação é onde meu coração está", afirma. "Não pretendo abandonar a moda completamente, até porque ela ainda é parte de quem eu sou, mas minha dedicação agora é para as artes cênicas."
Ela vê semelhanças entre as duas profissões. "O que as duas carreiras têm em comum é a necessidade de resiliência, de se reinventar o tempo todo. Como modelo aprendi a lidar com os ‘nãos’, a estar diante da câmera sem medo, a ter disciplina e paciência, tudo isso hoje me ajuda como atriz."
Para o futuro, Ana de Santana alimenta sonhos ambiciosos e genuínos. "Quero contar histórias que transformem, que toquem pessoas de verdade. Sonho em viver personagens muito diferentes entre si, que me tirem da zona de conforto." Aprovada recentemente na conceituada Kingdom Drama School, em Londres, ela planeja expandir seus horizontes. "Tenho vontade de atuar em produções internacionais, explorar cinema, televisão, todo tipo de arte, mas, acima de tudo, quero construir uma trajetória longa, sólida e verdadeira", finaliza.
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