Música

Esquenta de carnaval ocupa o Setor Carnavalesco Sul neste sábado

Setor Carnavalesco Sul promove shows de pré-carnaval com blocos e artistas da cidade a partir deste sábado

Nahima Maciel
postado em 06/01/2023 06:00
 (crédito: Thais Mallon)
(crédito: Thais Mallon)

O esquenta do carnaval Setor Carnavalesco Sul está de volta a partir de amanhã com uma festa que vai se estender até o fim do mês. Em todos os sábados de janeiro, blocos independentes, orquestras, DJs, grupos e artistas da cidade vão ocupar a Galeria dos Estados, a partir das 22h, com uma festa que promete não dar trégua até o carnaval. Depois de dois anos sem programação do momo no local por causa da pandemia, o esquenta terá gosto de retomada. "A ideia é que a festa seja o começo da efervescência", avisa Caio Dutra, sócio administrador da No Setor LTDA, que organiza a ocupação do Setor Carnavalesco Sul.

A mistura de culturas brasilienses, acredita Dutra, encontra reflexo no carnaval da cidade e é essa identidade que ele quer imprimir nos eventos do No Setor. Parte dessa diversidade é possível graças a um trabalho realizado ao longo dos últimos anos junto à Escola Carnavalesca do DF. A ideia é que expressões culturais populares do DF se juntem aos eventos do Setor Carnavalesco Sul. "Temos muito dessa identidade brasileira, somos uma cidade construída por vários estados brasileiros diferentes que representam essa mistura. E é isso que a gente quer ver no nosso carnaval, tentamos promover e catalisar esses encontros", explica.

A programação de amanhã tem Bloco das Divinas Tetas, Bloco do Calango Careta, Aparelhinho, Filhos de Guetta, Odara Kadiegi e Cia Miragem — Circo & Dança. Ian Viana, do Filhos de Guetta, promete um carnaval que traz a mistura, mas também a reflexão. "Será um carnaval forte, alegre, politizado, porque sempre foi, e a gente nem pode, estando no centro da cidade, trabalhando com população de rua, num momento político que a gente volta a ter o mínimo com um Ministério da Cultura, deixar de falar disso", avisa.

O tom politizado da festa, ele acredita, será inevitável diante do momento político vivido pelo país. "O Filhos de Guetta é uma sátira, brinca com essa cultura americana, comercial, eletrônica, e ao mesmo tempo traz a roda de coco. A questão do Filhos é essa satirização do que é um gringo e ao mesmo tempo dá visibilidade à cultura popular, ao coco, ao maracatu. E não podemos deixar pra lá o poder da sátira do humor das política", explica.

Aloizio Lows, do Divinas Tetas, vê na expectativa de retomada e de novos tempos um certo alívio para o carnaval de forma geral. "Sábado será o nosso primeiro show nesse novo ano e nessa nova fase do Brasil. Estamos muito felizes que o pesadelo daquele desgoverno acabou!", diz. "O clima nesta nova fase é de alegria e esperança! 2022 foi um ano muito bom pro Divinas e tenho certeza que com a retomada de investimentos na cultura, 2023 será ainda melhor!"

 


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