Terceira mostra do projeto Temporada de Exposições — Contraêxodo: Estratégias de Inserções, a mostra Chão leva à Galeria Pé Vermelho os trabalhos de Dadá do Barro e Ludmilla Alves, ambas do Distrito Federal, e de Rubiane Maia, artista do Espírito Santo radicada em Londres. O elemento terra é o ponto de partida dos trabalhos das três artistas.
Rubiane Maia é a artista convidada desta edição do projeto. Com uma carreira nacional e internacional, ela explora uma diversidade de linguagens que incluem de performances à produção de objetos. "Ela parte muito de experiências a partir do corpo, experiências que vão propondo em relação ao local em que está, em relação a outros objetos. É um trabalho muito processual, que parte da relação dela com os espaços nos quais está", explica Luciana Paiva, uma das curadoras da exposição.
As obras apresentadas na Pé Vermelho são criadas com base em uma mistura de terra com mel que resulta em uma tinta usada para fazer impressões em tecidos. Essa sequência de trabalhos — que tem o título de Divisa — é fruto do desdobramento de uma pesquisa realizada na fronteira entre Espírito Santo e Minas Gerais. "Ela pensa essa divisa e trabalha muito com a terra nessas experiências na fronteira", conta Luciana.
De Brasília, Ludmilla Alves embarca em uma pesquisa cerratense com um conjunto de cinco telas feitas com pigmentos do cerrado, além de terra e outros elementos da região coletados para uma experimentação pictórica. Cascas de árvores coletadas no cerrado e as possibilidades de texturas desse material também fazem parte do repertório da artista.
Dadá do Barro é uma figura emblemática de Planaltina. Representante do Instituto Maria do Barro, ela participa da exposição com esculturas em cerâmica, cujas formas ora lembram plantas, ora parecem amorfas ou antropomórficas.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br