Música

Armandinho Macedo desembarca no Clube do Choro com bagagem de clássicos

Joia da música brasileira, Armandinho Macedo celebra mais de 50 anos de carreira em apresentações hoje e amanhã, no Clube do Choro

Nesta sexta (11/7) e no sábado (12/7), o multi-instrumentista baiano Armandinho Macedo desembarca em Brasília para uma apresentação especial no Clube do Choro. Criador da guitarra baiana, o artista sobe aos palcos a partir das 20h30, ao lado do grupo local Choro Livre, para uma fusão de ritmos, com destaque para o choro, axé e frevo. Será uma celebração das mais de cinco décadas de carreira de um dos mestres da música brasileira, que apresentará grandes sucessos da discografia, como, por exemplo, Já vai tarde e Arrasta o pé.

“Eu posso ser definido como chorão, frevista, roqueiro ou músico de axé. Acho que tudo isso cabe a mim”, ri Armandinho. “O Brasil é assim: de samba, choro, frevo e nós do lado nordestino ainda temos muita bagagem do forró. Tudo isso se integra e complementa a alquimia que eu faço nos palcos”, define o instrumentista baiano.

Filho de Osmar Macedo, que, junto a Dodô Nascimento, criou o trio elétrico, Armandinho herdou o carinho pela música do pai. “Ele, ainda menino, começou a tocar cavaquinho com afinação de bandolim. Essa foi a base do que veio a ser a guitarra baiana”, conta o artista. “Tem muita gente que criou uma certa aversão pela guitarra, dizendo que ela destrói a música brasileira. De forma alguma. Tudo se funde, virando música”, opina.

“Jacó do Bandolim é meu Jimi Hendrix”, brinca o soteropolitano. Assim, Armandinho gosta de dizer que faz uma “fusão entre a música brasileira e a música do mundo”. “Sou apaixonado por The Beatles, Led Zeppelin, Van Halen e tudo isso também faz parte do que eu toco”, afirma.

O cerne musical, porém, vem da cultura nacional: “Eu me orgulho muito de ter minha base no choro, que é um ritmo que me alimenta muito bem nas coisas que eu faço”. “E ele é um movimento que não vai morrer nunca, porque sempre está sendo reproduzido e realimentado pelas escolas de música, como, por exemplo, a de Brasília”, cita o instrumentista.

“Ter uma Escola de Choro na capital do Brasil é maravilhoso. Isso conserva uma linha musical que é totalmente nossa. Ninguém toca música do jeito que fazemos, em nenhum lugar do mundo”, assegura o músico.

Integrante do grupo Choro Livre, Márcio Marinho celebra a oportunidade de dividir palco com Armandinho mais uma vez. “Ele é um ícone da música brasileira. Ele inspira muitas pessoas e eu mesmo sou muito fã dele. Não é a primeira vez que tocamos juntos, mas sempre é uma emoção diferente. É uma aula, um aprendizado muito grande”, diz o cavaquinista.

Serviço

Tributo ao mestre com Armandinho Macedo
Sexta (11/7) e sábado (12/7), no Clube do Choro, às 20h30
Ingressos podem ser adquiridos por meio da plataforma Bilheteria Digital, a partir de R$ 50 (meia-entrada)

Mais Lidas