Economia

Balança comercial brasileira registra maior superavit para agosto desde 1989

Exportações superaram importações em cerca de US$ 6,6 bilhões em agosto. No acumulado do ano, superavit chega a US$ 36,594 bilhões

Correio Braziliense
postado em 01/09/2020 19:18 / atualizado em 01/09/2020 19:18
 (crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
(crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A balança comercial do mês de agosto deste ano registrou o maior superavit desde 1989, início da série histórica: US$ 6,6 bilhões. O resultado foi 61,3% maior do que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando chegou a US$ 4,099 bilhões. Os dados foram divulgados hoje pelo Ministério da Economia. O superávit ocorre quando o volume de exportações supera o de importações.

Em agosto, tanto importações quanto exportações apresentaram queda em relação ao ano passado. Exportações somaram US$ 17,7 bilhões, contra US$ 19,7 bi do ano passado, uma queda de 5%. Já nas importações, o valor em agosto foi de US$ 11,1 bilhões, contra US$ 15,6 bi do ano passado. A queda foi de mais de 25%. Já que a queda nas importações foi maior, a diferença também foi maior.

De acordo com o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Herlon Brandão, nas exportações, a queda foi diretamente influenciada pela redução da demanda na América do Sul, América do Norte e Europa. Na América do norte, explicou, a redução de exportação mensal foi de 21,2%; Na América do sul, 24,4%; e Europa, 11,1%.

Estados Unidos, Argentina e União Europeia, os principais mercados compradores, apresentaram quedas expressivas. Só os EUA reduziram em 25,9% suas compras de produtos brasileiros. Por outro lado, o petróleo bruto, açúcares, celulose, café não torrado, carne bovina e carne suína registraram recordes para o mês.

Herlon Brandão explicou que, apesar dos efeitos negativos da pandemia, por outro lado, há uma demanda asiática muito resiliente à pandemia, que faz com que o volume exportado pelo Brasil cresça.

No acumulado do ano, o superávit já chega a US$ 36,594 bilhões – 13,7% a mais do que o mesmo período do ano passado, quando foi de US$ 32,171 bilhões. Em meio à pandemia, a demanda por commodities, carro-chefe das exportações brasileiras, diminuiu em todo o mundo. A China, no entanto, manteve-se como principal parceira comercial do país. O total de exportações em 2020 foi de US$ 138,633 bilhões. Já as importações, US$ 102,039 bilhões.


*Estagiário sob a supervisão de Vicente Nunes

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