Durante a pandemia de covid-19, o número de brasileiros desbancarizado, ou seja, que não possuem conta em bancos e fintechs, diminuiu 73% nos últimos cinco meses. Os dados são do estudo "Aceleração da inclusão financeira durante a pandemia da covid-19", realizado pela Americas Market Intelligence em parceria com a Mastercard.
Esse aumento se dá, principalmente, pela necessidade de os brasileiros utilizarem serviços on-line para realizar suas transações, por conta do distanciamento social. Enquanto em maio, menos de 5% das transações eram realizadas de forma digital e cerca de 35% das transações eram de saque; em agosto, as transações digitais realizadas pelo aplicativo atingiram a marca de 63% e os saques caíram para 15%.
Auxílio emergencial
Outro fator importante é o auxílio emergencial, que foi essencial para aumentar o acesso ao sistema bancário. A quarentena também estimulou o comércio eletrônico e o uso de novas tecnologias pelos consumidores brasileiros. Por meio de fintechs e bancos digitais, os pagamentos por aproximação e pagamentos em tempo real, passaram a fazer parte do cotidiano da população.
A pandemia mudou a relação do brasileiro com suas finanças pessoais e o planejamento de longo prazo: o foco na poupança, tradicionalmente associado à riqueza, se estendeu para famílias de baixa renda.
"Acreditamos que a inclusão financeira e digital ajuda as pessoas a prosperarem, serem mais produtivas e viverem com mais estabilidade. A chave para o crescimento da inclusão financeira — e, consequentemente a redução do uso do papel moeda — é o aumento da inclusão digital, que deve desempenhar um papel importante nos esforços de recuperação pós pandemia", afirma João Pedro Paro Neto, presidente da Mastercard Brasil e Cone Sul.
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