A confiança do consumidor recuou 0,7 ponto em novembro ante outubro, na série com ajuste sazonal, informou, nesta quarta-feira (25/11), a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) desceu a 81,7 pontos, a segunda queda consecutiva. Em médias móveis trimestrais, o ICC subiu 0,5 ponto este mês, a quinta alta consecutiva.
"O resultado reflete o aumento da incerteza relacionada à pandemia e seu potencial impacto sobre a economia. Com o provável fim do período de benefícios emergenciais, muitos consumidores que perderam o emprego este ano devem retornar ao mercado de trabalho num momento em que as empresas ainda estarão adiando contratações ou demitindo", avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 0,6 ponto, para 71,8 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou 0,9 ponto, para 89,3 pontos.
Também teve baixa o componente que mede a satisfação dos consumidores com a economia no momento atual, encolhendo 0,2 ponto, para 75,7 pontos; enquanto o item que avalia as finanças familiares diminuiu 0,9 ponto, para 68,5 pontos.
A Sondagem do Consumidor coletou informações de 1.887 domicílios, com entrevistas entre os dias 3 e 21 de novembro.
ICST também teve queda
A FGV divulgou que o Índice de Confiança da Construção (ICST) caiu 1,4 ponto em novembro, para 93,8. O resultado interrompeu a sequência de seis meses de aumento do indicador, iniciada na passagem de abril (65,0) para maio (68,0).
"Após seis meses de alta contínua, a confiança dos empresários da construção recuou, refletindo uma piora das expectativas em relação à demanda e ao ambiente de negócios nos próximos meses", afirma a coordenadora de Projetos de Construção da FGV Ibre, Ana Maria Castelo, em nota.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) da construção caiu 1,8 ponto porcentual, para 72,7%, também a primeira contração em seis meses. Nas aberturas, a utilização da capacidade de Máquinas e Equipamentos caiu 0,2 ponto porcentual, para 65,9%; e o índice de Mão de Obra cedeu 2,0 pontos porcentuais, para 73,9%.
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