RECUPERAÇÃO DA ECONOMIA

Investimento produtivo cresce 16,3% no terceiro trimestre, diz Ipea

Resultado do Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), contudo, ainda não anula as perdas sofridas na pandemia

Após sofrer um baque histórico no início da pandemia de covid-19, os investimento produtivo cresceu 16,3% no Brasil no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior. É o que aponta o Indicador de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado nesta segunda-feira (30/11).

De acordo com o Ipea, o indicador de FBCF despencou 24,5% no segundo trimestre deste ano, mas voltou a crescer a partir de julho. A alta foi puxada, sobretudo, pela construção civil, que avançou 18,4% nesse período; mas também pelo consumo aparente de máquinas e equipamentos, que subiu 9,7% no trimestre e foi impulsionado pela importação de plataformas de petróleo em setembro.

A recuperação do indicador que reflete os investimentos produtivos realizados no país, contudo, não é suficiente para compensar todas as perdas sofridas no início da pandemia de covid-19. Segundo o Ipea, apesar de ter crescido 16,3% na margem, o resultado do terceiro trimestre ainda é 2,8% menor que o registrado no mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, o saldo é negativo em 4,7%. E no acumulado em doze meses, os investimentos caíram 3,6%.

O resultado isolado do mês de setembro, por sua vez, já mostra um crescimento na comparação anual. De acordo com o Ipea, em setembro, o Indicador de Formação Bruta de Capital Fixo cresceu 3,5% na comparação com o mês anterior e também registrou uma alta de 1,1% em relação ao mesmo mês de 2019.

A construção civil também já apresenta resultados positivos na comparação anual. Esse setor não parou nem na quarentena e vem crescendo de forma vigorosa há cinco meses consecutivos, segundo o Ipea. Por isso, em setembro, cresceu 2% em relação ao mês anterior e 10,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado. No ano, o saldo de investimentos na construção civil ainda é negativo em 1,6%.

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