COMBUSTÍVEIS

Silva e Luna: Petrobras não é responsável por todos os reajustes de combustível

Presidente da estatal ainda negou que Petrobras seja monopólio e afirmou que a venda de refinarias pode reduzir preço dos combustíveis

Cristiane Noberto
postado em 23/11/2021 13:08 / atualizado em 23/11/2021 13:09
 (crédito: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)
(crédito: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

"Atribuir à Petrobras o preço do combustível não é correto". A afirmação é do presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, que esteve em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado nesta terça-feira (23/11). Segundo o chefe da estatal, há 86 empresas explorando petróleo no Brasil, mas poucas estão praticando refino. E cita as empresas Vibra, Ipiranga, Raízen e Aten, como competidoras de mercado.

Silva e Luna afirma que dos 11 aumentos realizados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e dos 38 na bomba “nem todos são feitos pela Petrobras”. Segundo ele, “atribuir à Petrobras o preço do combustível não é correto”.

O chefe da estatal sustenta que “esses aumentos não correspondem à Petrobras e estão sendo colocados na conta dela”. O general ainda destaca que “preços artificiais fragilizam o mercado” e que a política de paridade internacional (PPI) é apenas um preço dessa equação. “A Petrobras reajusta os preços observando uma série de fatores, como o mercado interno, mercado mundial, observando se trata de um fenômeno estrutural ou conjuntural. Quando é conjuntural, não fazemos alteração”, analisa.

O general cita também que o choque de demanda elevada, a crise hídrica, o aumento do dólar e a alta inflação são refletidos nos preços do insumo. De acordo com ele, o mercado mundial também é avaliado e, “como o petróleo é uma commodity, sofre consequências disso”. Silva e Luna também afirma que a estatal não é monopólio e que desde 1997 há concorrência. “Há 24 anos não existe monopólio, a Petrobras compete livremente com outros atores do mercado”, diz.

Ainda na reunião, o presidente da Petrobras afirma que as vendas de refinarias poderiam derrubar os preços dos combustíveis. “Temos 13 refinarias e oito estão em processo de venda. Das oito, três estão em processo de conclusão de venda. Com isso teremos mais investidores, mais investimentos, maior competição, maior oferta de combustíveis e menores preços”, conclui.

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