PIB

"Mais importante que o número em si é a qualidade do PIB", diz Economia

Secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida defendeu ser preciso separar o que é efeito de política econômica do que é efeito de um choque climático adverso. Recuperação das atividades será alavancada pelos investimentos com consolidação fiscal e reformas econômicas, garantiu

João Vitor Tavarez*
postado em 02/12/2021 16:26 / atualizado em 02/12/2021 16:27
Secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida
 -  (crédito: José Dias/PR/reprodução - 27/4/20)
Secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida - (crédito: José Dias/PR/reprodução - 27/4/20)

Diante da queda de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre de 2021, caracterizando uma recessão técnica na economia brasileira, o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou nesta quinta-feira (2/12) que mais importante do que o número em si, é a qualidade do PIB. Além disso, defendeu ser preciso separar o que é efeito de política econômica do que é efeito de um choque climático adverso.

“Tivemos a maior crise hídrica em 90 anos. Isso derrubou a atividade agropecuária em 8%. Se tivéssemos zerado a atividade agropecuária, hoje estaríamos celebrando um PIB de 0,3 positivo”, afirmou o secretário em entrevista à Rádio Jovem Pan.

“O Brasil cansou de voo de galinha. A nossa política econômica tem focado no crescimento econômico de longo prazo”, acrescentou o auxiliar de Paulo Guedes. Sachsida também destacou que a recuperação das atividades será alavancada pelos investimentos com consolidação fiscal e as reformas encaminhadas pelo Ministério da Economia.

“Está acontecendo uma verdadeira revolução nos fundamentos dos investimentos. A taxa, hoje, se igualou ao que era em 2014, ou seja, estamos recuperando terreno. O investimento vai para onde é mais eficiente, e não para onde o governo determina. Isso é crescimento sustentável de longo prazo”, pontuou em relação à pauta de privatizações e aos recentes marcos legais do gás e do saneamento básico.

“A consolidação fiscal não é uma questão ideológica. É graças a ela que você ancora as trajetórias de inflação, diminui o risco país, a taxa de juros futura, e, com isso, se cria uma base com mais investimentos e emprego”, afirmou.

O PIB é umas das principais ferramentas para avaliar a economia do país. O recuo de 0,1% é o segundo índice negativo consecutivo e foi puxado por fortes quedas na produção agrícola e do setor externo. Além disso, o desempenho ficou abaixo das expectativas do mercado, que previa resultados positivos próximos a zero.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

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