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Paulo Tavares sobre Petrobras: "Segurou muito os reajustes"

Presidente do SindiCombustíveis-DF, Paulo Tavares, comentou o aumento no preço da gasolina nesta quarta-feira (13/4) em entrevista ao Correio. "O próprio ministro Paulo Guedes deu uma declaração falando que a Petrobras segurou parte desse reajuste", disse

Isabel Dourado*
postado em 13/04/2022 19:04 / atualizado em 13/04/2022 19:06
 (crédito: Ed Alves/CB/DA.PRESS)
(crédito: Ed Alves/CB/DA.PRESS)

Após o último reajuste nos preços da gasolina e do diesel, o etanol passou a ser mais procurado, principalmente o etanol hidratado e, consequentemente, o etanol anidro, que é o misturado à gasolina. A afirmação é do presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Distrito Federal Combustíveis do Distrito Federal (Sindivarejista-DF), Paulo Tavares, entrevistado desta quarta-feira (13/4) no CB.Poder, parceria entre o Correio e a TV Brasília

Vale dizer que o biocombustível também sofreu reajustes compatíveis com a gasolina e o diesel. Segundo a pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do etanol hidratado ultrapassou novamente a barreira dos R$ 5 por litro esta semana, chegando a R$ 5,014.

Tavares afirmou que a Petrobras vinha segurando os reajustes de preços dos combustíveis e disse que a estatal deveria ter corrigido o dobro do último valor. “O próprio ministro Paulo Guedes (Economia) deu uma declaração falando que a Petrobras segurou parte desse reajuste.”

O ministro da Economia afirmou que o ex-presidente da Petrobras Roberto Castello Branco segurou os preços antes de saber que iria sair do comando da estatal. “No caso do Castello, ele, na verdade, vinha segurando aumentos nos preços dos combustíveis. É claro que, quando soube que ia sair, começou a realinhar os preços com o mercado internacional para ajustar suas obrigações diante dos acionistas”, afirmou Guedes, em março, em entrevista ao portal UOL.

De acordo com Tavares, houve um acúmulo de reajustes na gasolina, em torno de R$ 0,20 a R$ 0,30, por conta da alta no etanol. “Hoje, os preços realmente estão muito variados e o consumidor tem o direito de escolher onde quer abastecer e o preço que quer pagar, mas isso vai depender do distribuidor e do revendedor. Dependerá do revendedor de conseguir manter um preço mais baixo.”

No fim de março, em meio a discussões sobre a mudança na fórmula de cálculo do ICMS do diesel, os governos estaduais decidiram prorrogar o congelamento do imposto sobre a gasolina até o fim de junho. Assim, o valor de referência para a cobrança não é alterado a cada 15 dias, como ocorre normalmente.

“O ano passado, a Petrobras reajustou nas refinarias, em 57%, a gasolina e, de acordo, com dados oficiais, tanto da ANP como da Secretaria da Fazenda, o reajuste nas bombas foi de 46%. Ou seja, o revendedor acabou absorvendo parte do reajuste para não perder parte dos seus clientes”, explicou o presidente do Sindivarejista-DF.

Mudanças na Petrobras

A respeito das mudanças na Petrobras, principalmente na aprovação do nome de José Mauro Ferreira Coelho para a presidência da petrolífera, o presidente do SindiCombustíveis-DF acredita em uma sazonalidade nas alterações de preço.

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

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