Bolsa

Mercado não repercute anúncio de privatização da Petrobras e troca de ministro

Falta de reação difere das intervenções diretas na Petrobras quando Bolsonaro derrubou presidentes da estatal

Deborah Hana Cardoso
postado em 13/05/2022 12:52 / atualizado em 13/05/2022 12:52
 (crédito: Nelson Almeida/AFP )
(crédito: Nelson Almeida/AFP )

A movimentação na política energética do país não tem sido absorvida pelo mercado, que demonstra cautela e se volta ao cenário internacional. Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro (PL) exonerou o então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em meio às críticas ao descontrole na política de preços dos combustíveis.

No fechamento de 11 de maio, data da queda da Albuquerque, as ações da Petrobras subiram 3,5% à medida que o óleo tipo Brent subiu quase 5% com temores de choque de oferta.

Quem assumiu o posto de Albuquerque foi Adolfo Sachsida, figura conhecida no governo por integrar a equipe econômica do ministro Paulo Guedes. Nessa quinta-feira (12/5), em seu primeiro ato como ministro, conforme noticiou o Correio, Sachsida anunciou em coletiva de imprensa a intenção do governo de iniciar os estudos para a desestatização da Petrobras e da Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA).

O anúncio de Sachsida sobre a privatização, contudo, não foi absorvido pelo mercado com entusiasmo. No fechamento de 12 de maio, as ações da Petrobras subiram 0,77%.

Por outro lado, as sucessivas quedas de presidentes das Petrobras foram as que mais repercutiram nos papéis da estatal. Em 28 de março deste ano, quando o general Joaquim Silva e Luna foi retirado do comando da companhia, as ações da estatal despencaram quase 3%.

Já quando Roberto Castello Branco foi derrubado, os papéis da estatal despencaram 6,63% no fechamento de 19 de fevereiro de 2021.

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