Combustíveis

Sachsida diz que não é possível interferir no preço dos combustíveis

Em audiência na Câmara dos Deputados, ministro de Minas e Energia afirmou ainda que "não tem bala de prata, não tem um salvador da Pátria", em referência às tentativas de segurar os reajustes

Rafaela Gonçalves
postado em 21/06/2022 12:28 / atualizado em 21/06/2022 12:30
 (crédito:  Marcello Casal Jr / Agência Brasil)
(crédito: Marcello Casal Jr / Agência Brasil)

O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, afirmou à Comissão de Tributação e Finanças da Câmara dos Deputados, na manhã desta desta terça-feira (21/6), que não é possível interferir no preço dos combustíveis.

“É fundamental deixar muito claro para todos, o governo federal não tem como interferir na política de preços da Petrobras. Os normativos legais hoje impedem qualquer intervenção, de quem quer que seja”, declarou.

Sachsida frisou que, mesmo com o governo tentando segurar os reajustes feitos pela estatal, os preços são uma decisão da empresa. “Parte dessa governança é importante, não podemos jogar toda uma história fora”, disse em referência aos abusos de interferência federais cometidos no passado.

As declarações foram dadas após o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, ter pedido demissão nesta segunda-feira (20), por pressões políticas feitas pelo governo e aliados. Coelho já tinha sido demitido no final de maio, mas resistia a deixar a companhia antes da assembleia de acionistas.

É a segunda vez que o governo federal troca a presidência da Petrobras neste ano, na tentativa de conter os preços. Caio Paes de Andrade é secretário de Desburocratização do Ministério da Economia e foi indicado pelo governo para assumir a presidência da estatal.

O ministro citou as medidas anunciadas recentemente pelo governo e o Congresso para tentar amenizar a alta dos preços dos combustíveis para a população, como o auxílio-gás, a redução de impostos federais e a limitação do ICMS, mas disse que “não tem bala de prata, não tem um salvador da Pátria”.

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