A indústria registrou alta no faturamento, no emprego, na massa salarial e no rendimento médio. É o que mostra a pesquisa Indicadores Industriais relativa ao mês de junho e divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira (3/8). Segundo o levantamento, os dados refletem um ambiente econômico mais favorável para a indústria de transformação, que atingiu o ponto mais alto de 2022.
A indústria de transformação ainda enfrenta gargalos que dificultam o aumento da produção, mas vale destacar que, na medida em que a atividade econômica se recupera, a indústria tem obtido avanços graduais.
Segundo o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, o segmento tem conseguido contornar ou minimizar as dificuldades relacionadas ao fornecimento de insumos e matérias-primas.
“Observamos alta no faturamento real, além da recuperação do emprego e dos rendimentos desacompanhada do aumento das horas trabalhadas e da utilização da capacidade instalada, que permanece elevada, sem variações expressivas desde o início do ano”, afirmou o gerente da CNI.
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Emprego e salários crescem
Os Indicadores Industriais apontam uma alta do faturamento real da indústria de transformação de 0,9% em junho, na comparação com maio. Este foi o segundo aumento consecutivo, levando o índice para o maior patamar do ano. Segundo os dados, o faturamento chegou ao mesmo nível de um ano atrás, ficando apenas 0,1% abaixo do índice de junho de 2021.
O emprego industrial avançou 0,4% na comparação com maio, acumulando a segunda alta consecutiva depois de três meses de quedas moderadas. Em relação a junho do ano passado, o crescimento é ainda maior — de 2%. Outro dado positivo foi o aumento de 2,4%, entre junho e maio, da massa salarial da indústria de transformação, que chegou ao seu ponto mais elevado desde março de 2020. Na comparação com junho do ano passado, a alta foi de 2,5%.
Também houve alta, em junho de 2022, no rendimento médio real dos trabalhadores da indústria — 1,9% em relação a maio. Com esse crescimento, o índice atingiu o nível mais alto do ano, chegando próximo ao patamar do primeiro semestre de 2021. Na comparação com junho do ano passado, o rendimento médio cresceu 0,5%.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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