Varejo

Consumo nos lares brasileiros cresce 3,02% até outubro, diz Abras

Segundo os dados, divulgados nesta quinta-feira (8/12), esta é a maior alta do consumo no ano e o indicador já se aproxima do crescimento acumulado durante todo o ano passado (3,04%)

Rafaela Gonçalves
postado em 08/12/2022 12:24 / atualizado em 08/12/2022 12:27
 (crédito:  Ed Alves/CB)
(crédito: Ed Alves/CB)

O Índice Nacional de Consumo dos Lares Brasileiros, medido pela Associação Brasileira de Supermercados (ARAS), registrou alta de 3,02% até outubro. Segundo os dados, divulgados nesta quinta-feira (8/12), esta é a maior alta do consumo no ano e o indicador já se aproxima do crescimento acumulado durante todo o ano passado (3,04%).

Na comparação interanual, o crescimento do consumo dos lares foi de 8,10%. Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o vice-presidente Institucional da Abras, Marcio Milan, o pagamento antecipado de benefícios sociais contribuiu para o aumento do consumo nos lares. A antecipação beneficiou 21,13 milhões de famílias com o repasse de R$ 12,8 bilhões. Com a injeção dos recursos, a alta do consumo nos lares foi de 6,27% em outubro ante setembro.

“É notável o quanto o aumento no valor do Auxílio Brasil e a inclusão constante de beneficiários em condições de vulnerabilidade social expandiram o consumo de alimentos neste segundo semestre e, de forma mais expressiva, em outubro. Esses recursos elevaram o consumo próximo ao patamar acumulado ao longo de 2021 e, se mantidos, eles devem ajudar as famílias de menor poder aquisitivo a abastecer seus lares”, afirmou.

Outros fatores macroeconômicos, como crescimento do emprego com carteira registrada, desaceleração da inflação nos últimos meses e pagamento de benefícios para outras categorias profissionais contribuíram para o crescimento do consumo nos lares no período, de acordo com Milan.

Queda na cesta

O AbrasMercado — indicador que mede a variação de preços nos supermercados — registrou em novembro recuo de 0,98% no preço da cesta composta exclusivamente por alimentos, dentre eles: leite longa vida (-6,28%), feijão (-3.39%), óleo de soja (-0,94%), café moído (-0,44%), carne bovina - traseiro (-0,41%), açúcar (-0.35%), queijo (-0,17%).

A queda ocorreu em todas as cinco regiões do país. Na média nacional, o preço da cesta passou R$ 319,57 em outubro para R$ 316,45 em novembro.

Já a cesta composta por 35 produtos de largo consumo, dentre eles alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza, apresentou alta de 0,42%, puxada por tomate (+17,79%), cebola (+13,79%), batata (+8,99%) e farinha de mandioca (+5,69%).

Na categoria de higiene e beleza, os produtos com maior variação nos preços foram: sabonete (+0,92%), xampu (+1,05%), creme dental (+0,56%) e papel higiênico (+0,68%). Na cesta de limpeza as altas foram puxadas por sabão em pó (+2,32%), detergente líquido para louças (+0,42%) e desinfetante (+0,41%).

Com a variação registrada em novembro, o preço médio da cesta nacional passou de R$ 743,75 em outubro para R$ 746,85 em novembro. No acumulado em 12 meses, a alta é de 6,47%.

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