FLUTUAÇÃO

Petrobras deve discutir fim da paridade de preços internacionais em abril

O debate sobre o novo modelo de aplicação dos preços ainda não chegou ao âmbito do Conselho de Administração da estatal. No dia a dia, consumidores do DF reclamam da alta nos combustíveis

Correio Braziliense
postado em 02/03/2023 10:44
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Apesar de a Petrobras registrar lucro recorde de R$ 188,328 bilhões em 2022, o governo federal - acionista majoritário - discute maneiras de finalizar a política de paridade de preços com o exterior. A petroleira, desde 2016, reajusta o cotação dos combustíveis de acordo com o mercado internacional. 

O governo prevê que 85% do cálculo seja feito com base nos custos de produção nacional e os 15% restantes estejam atrelados às cotações internacionais, segundo fontes ouvidas pelo O Globo. Essa nova proporção atenuaria o impacto das flutuações do dólar e do petróleo - hoje a estatal considera 100% da cotação do óleo no mercado internacional. 

O debate sobre o novo modelo de aplicação dos preços ainda não chegou ao âmbito do Conselho de Administração da petroleira. O assunto, porém, deve ocorrer apenas após a assembleia geral de acionistas, prevista para 27 de abril.

Dividendos

Parte dos R$ 188,328 bilhões será distribuída entre acionistas da Petrobras. A petroleira anunciou previsão de pagamento de dividendos de R$ 2,74 por ação, referentes ao quarto trimestre - o equivalente a R$ 35,8 bilhões.

Reajuste na gasolina e no álcool

O governo anunciou, na última terça-feira (28/2), o retorno dos tributos do Programa de Integração Social/Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) e a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) na gasolina e no etanol. Com o fim da isenção dessas taxas, o imposto sobre a gasolina teve alta de R$ 0,47 por litro, enquanto o do etanol subirá R$ 0,02.

Considerando a redução de R$ 0,13 no litro da gasolina vendida nas refinarias, anunciada pela Petrobras também na terça-feira, o impacto final para o consumidor será de R$ 0,34 por litro, segundo o governo. 

Vale destacar que a cadeia distributiva tem liberdade para praticar preços, por isso, o valor real praticado pelos postos de gasolina, ao consumidor final, pode variar.

Consumidores se assustam com alta 

No Distrito Federal, consumidores que foram abastecer o carro, na quarta-feira (1/3), assustaram-se com os novos preços. Motoristas ouvidos pelo Correio foram praticamente unânimes ao reclamar do que consideraram preços abusivos.

O litro da gasolina chegou a R$ 6,19 em um posto da Ceilândia, para quem optasse em pagar no cartão de crédito. Num revendedor de bandeira Petrobras, na 215 Norte, o preço anunciado era de R$ 5,95. Outro posto com a mesma bandeira, no Setor Hoteleiro Norte, oferecia gasolina por R$ 5,89. 

O motorista de aplicativo Emerson Pereira Alves, de 53 anos, afirmou que o aumento acima do esperado trará um grande impacto para quem trabalha com a modalidade de transporte. "A gente perde muito dos nossos lucros, que já não são tão altos assim, porque os próprios aplicativos tiram bastante. Esse aumento da gasolina vai trazer um impacto de, no mínimo, uns mil e poucos reais", calculou. 

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