Arcabouço fiscal

Haddad comemora aprovação do novo marco: 'Placar expressivo'

O ministro da Fazenda disse ainda, nesta quarta-feira (24/5), que a aprovação da medida indica um cenário positivo para aprovação da reforma tributária no primeiro semestre

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou nesta quinta-feira (24/5) a aprovação do novo arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados, ocorrida na noite de ontem (23). Para o ministro, a votação de 372 parlamentares a favor e 108 contrários à medida foi "expressiva". Haddad disse ainda que o resultado aponta que "é possível" um entendimento entre o governo e o Legislativo.

"O placar é expressivo, né? A Câmara dos Deputados deu uma demonstração de que busca um entendimento para ajudar o Brasil a recuperar as taxas de crescimento mais expressivas", respondeu Haddad a jornalistas pela manhã, ao chegar na sede do ministério.

Para o ministro, a aprovação dá confiança de que a reforma tributária também será votada com celeridade. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sinalizou nessa terça em almoço com o ministro e outras autoridades que deve pautar a reforma ainda antes do recesso parlamentar, no primeiro semestre.

"Estou muito confiante de que essas duas reformas, o marco fiscal e a reforma tributária, vão nos colocar em um outro patamar de crescimento potencial. Vamos sair de uma década de baixíssimo crescimento, de 1% ao ano, em média. Uma década muito complicada. Acho que nós vamos inaugurar um ciclo que pode ser muito promissor para o Brasil", avaliou o chefe da Fazenda.

Articulação

Haddad atribuiu a vitória governista ao desenho do texto e à articulação realizada nos últimos dias, tanto pela equipe econômica quanto pelo relator da matéria, deputado Cláudio Cajado (PP-BA). Sobre as críticas que recebeu de parte dos parlamentares da base do governo, incluindo do PT, o ministro considerou a divergência normal, e comemorou também o isolamento da oposição. Deputados do PL, por exemplo, votaram favoráveis ao texto.

O arcabouço foi aprovado ontem durante votação convocada de última hora por Lira. O texto aprovado, porém, é mais duro do que a proposta inicial enviada pelo governo. Durante a articulação, Cajado acatou sugestões de parlamentares que consideraram os parâmetros da regra fiscal muito frouxos.