Exploração de petróleo

Foz do Amazonas: Petrobras quantificará créditos de carbono em manguezais

Uma das possibilidades para os royalties da exploração de petróleo na foz do Amazonas é a creditação do mercado de carbono na região, que possui um dos mais ricos ecossistemas de mitigação de gases de efeito estufa

Tainá Andrade
postado em 05/06/2023 15:06 / atualizado em 05/06/2023 15:07
 (crédito: Agência Brasil)
(crédito: Agência Brasil)

Um dos direcionamentos, por parte da Petrobras, para os royalties da exploração de petróleo do bloco FZA-M-059, na foz do Amazonas, seria a quantificação de créditos de carbono provenientes dos mangues da região. Estima-se que a parte litorânea da costa norte brasileira, entre Amapá, Pará e Maranhão, abriga 80% de manguezais, que se distribuem em uma faixa contínua.

O ecossistema tem sido considerado estratégico para a mitigação de gases de efeito estufa. Por isso, a estatal determinou como uma das prioridades na área de abrangência de distribuição dos lucros a criação de metodologia de crédito de carbono para os mangues da região. Possivelmente o plano será abarcado dentro do programa Mangues da Amazônia.

Estima-se, ainda, que a petroleira direcionará R$ 100 milhões para o programa Floresta Viva. O projeto tem a função de promover a restauração ecológica com espécies nativas e sistemas agroflorestais nos biomas brasileiros.

Margem Equatorial 

Além disso, um novo edital da Petrobras Ambiental terá como foco específico projetos a serem desenvolvidos na Margem Equatorial brasileira. Há a intenção de replicar a lógica do que é executado na Bacia de Santos, por meio do Projeto de Educação Ambiental (PEA). Na região, por exemplo, o projeto da companhia desenvolve o fortalecimento das comunidades locais, que vivem principalmente da pesca artesanal, assim como na costa litorânea.

Para os municípios que não tiverem participação nos royalties, há o compromisso da companha em utilizar a mão de obra local, para movimentar a dinâmica socioeconômica da região. Por ano, a Petrobras investe R$ 400 milhões em programas socioambientais para diminuir impactos e conservar ecossistemas.

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