Exploração de petróleo

Foz do Amazonas: Petrobras quantificará créditos de carbono em manguezais

Uma das possibilidades para os royalties da exploração de petróleo na foz do Amazonas é a creditação do mercado de carbono na região, que possui um dos mais ricos ecossistemas de mitigação de gases de efeito estufa

Um dos direcionamentos, por parte da Petrobras, para os royalties da exploração de petróleo do bloco FZA-M-059, na foz do Amazonas, seria a quantificação de créditos de carbono provenientes dos mangues da região. Estima-se que a parte litorânea da costa norte brasileira, entre Amapá, Pará e Maranhão, abriga 80% de manguezais, que se distribuem em uma faixa contínua.

O ecossistema tem sido considerado estratégico para a mitigação de gases de efeito estufa. Por isso, a estatal determinou como uma das prioridades na área de abrangência de distribuição dos lucros a criação de metodologia de crédito de carbono para os mangues da região. Possivelmente o plano será abarcado dentro do programa Mangues da Amazônia.

Estima-se, ainda, que a petroleira direcionará R$ 100 milhões para o programa Floresta Viva. O projeto tem a função de promover a restauração ecológica com espécies nativas e sistemas agroflorestais nos biomas brasileiros.

Margem Equatorial 

Além disso, um novo edital da Petrobras Ambiental terá como foco específico projetos a serem desenvolvidos na Margem Equatorial brasileira. Há a intenção de replicar a lógica do que é executado na Bacia de Santos, por meio do Projeto de Educação Ambiental (PEA). Na região, por exemplo, o projeto da companhia desenvolve o fortalecimento das comunidades locais, que vivem principalmente da pesca artesanal, assim como na costa litorânea.

Para os municípios que não tiverem participação nos royalties, há o compromisso da companha em utilizar a mão de obra local, para movimentar a dinâmica socioeconômica da região. Por ano, a Petrobras investe R$ 400 milhões em programas socioambientais para diminuir impactos e conservar ecossistemas.

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