Eleições

Superterça: nome de Trump não é temido por investidores

A Superterça pode trazer insights sobre algo ainda mais decisivo: quem tem mais chances de se eleger presidente.

Do lado dos investidores, não há grandes temores acerca do nome Trump  -  (crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo)
Do lado dos investidores, não há grandes temores acerca do nome Trump - (crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo)
postado em 05/03/2024 12:52

Milhões de norte-americanos estão, nesta terça-feira (5/3) se dirigindo às urnas em 15 estados e um território, marcando um dia crucial no calendário das primárias presidenciais nos Estados Unidos. O apelido “Superterça” não é em vão: é um momento decisivo que moldará o cenário político para as próximas etapas da corrida eleitoral.

Mas o que torna a Superterça tão significativa? Porque vai reunir 15 dos 50 Estados no caso dos republicanos e 14 no caso dos democratas. Durante esse período, haverá um divisor de águas que define quem permanecerá na corrida e quem enfrentará desafios maiores.

À medida que os votos são contados e os resultados se desenrolam, os olhos do mundo estão voltados para os EUA. A Superterça é mais do que uma data no calendário; é o momento em que o futuro político começa a se moldar. E, como sempre, o destino da nação está nas mãos dos eleitores.

Candidatos

O megaempresário norte-americano Donald Trump, que ocupou o cargo mais alto do país ao se tornar o 45º presidente dos EUA (2017-2021), continua firme no propósito de voltar à Casa Branca. Candidato pelo partido Republicano, cujo viés é conservador, venceu recentemente duas primárias, sendo a primeira em Iowa e a segunda em New Hampshire.

Sua principal concorrente dentro do partido, a ex-governadora da Carolina do Sul Nikki Haley, não está muito atrás do bilionário e, diferentemente do governador da Flórida, Ron DeSantis, que era o mais cotado para barrar Trump, mas desistiu do pleito, ela garante que se manterá na corrida pelos votos vermelhos (cor dos republicanos).

Do lado dos democratas, partido cujo viés é progressista e adota a cor azul, o mais bem colocado é o atual presidente Joe Biden, que ao final de 2020 saiu eleito presidente, impedindo Trump de se manter no cargo. Ele tentava a reeleição, à época, e os movimentos que se seguiram dias depois fez estremecer a democracia norte-americana, principalmente por conta do episódio relacionado à invasão ao Capitólio, que é o prédio legislativo do país.

Ao que tudo indica, a campanha de Trump deve mesmo ganhar escala, mas ele ainda corre o risco de ser interpelado pela Justiça, pois responde a 91 acusações em quatro processos criminais. O perigo em ter os direitos políticos cassados é iminente.

Do lado dos investidores, não há grandes temores acerca do nome Trump na presidência dos EUA, até porque ele já ocupou o salão oval e houve certa estabilidade, encerrada ao começar a campanha eleitoral para a reeleição. Esta é a opinião de muitos gestores e analistas, e também do economista Volnei Eyng, CEO da Multiplike.

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