CB.DEBATE

IA: Brasil tem que se preparar para nova realidade, aponta Izalci Lucas

Senador integrante da comissão sobre o tema aponta que Brasil precisa investir na qualificação da mão de obra para aproveitar a nova tecnologia

Senador Izalci Lucas na abertura do CB.Debate sobre inteligência artificial -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Senador Izalci Lucas na abertura do CB.Debate sobre inteligência artificial - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

Segundo o senador Izalci Lucas (PL-DF), estudos apontam que o mercado da Inteligência Artificial (IA) deve gerar um volume de US$ 13 trilhões nos próximos anos. Mas o parlamentar aponta que é necessário o Brasil se preparar para esta nova realidade que deve impactar na oferta de empregos no mercado de trabalho.

“Segundo um estudo global, o uso da IA vai gerar uma receita de 13 trilhões de dólares. A pergunta que se faz é qual o custo e qual o impacto, especialmente em países como o Brasil, que não tem investido em tecnologias e já sofre com a falta de profissionais qualificados de ponta”, disse o senador.

O parlamentar, que participa do evento do Correio Braziliense, CB.Debate: Inteligência Artificial e as Novas Tecnologias que ocorre nesta terça-feira (30/4), disse que é fundamental que o país invista em educação e na qualificação da mão de obra no país para aproveitar a oportunidade dessas novas tecnologias e reduzir os efeitos negativos da sua implantação.

“A Inteligência Artificial está mudando a natureza do trabalho. Ela está automatizando tarefas rotineiras, liberando os trabalhadores para se concentrarem em tarefas mais complexas e criativas. Dados recentes projetados pelo Goldman Sachs indicam que cerca de 300 milhões de empregos nos Estados Unidos e na União Europeia poderão ser afetados pela Inteligência Artificial”, alerta o parlamentar.

Izalci ainda aponta que os estudos indicam que um quarto do trabalho humano poderá ser substituído pela IA e isso demanda que o país se prepare para ter autonomia nesse processo.

“Há quase 15 anos, quando assumi pela primeira vez a Secretaria de Ciência e Tecnologia do DF, tenho lutado para que sejam investidos recursos que nos capacitem para esses novos tempos. Recursos para a educação, tanto nas escolas quanto no apoio aos pesquisadores brasileiros que se ressentem de reconhecimento e saem do Brasil. A nossa tão famosa fuga de cérebros”, defendeu.

Sobre a regulação do tema, o senador reconheceu a necessidade, mas apontou que essa regulação deve ser cautelosa para não se criar excessos na legislação que possam impactar em engessar a possibilidade de desenvolvimento do país.

Acompanhe o evento 

 

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postado em 30/04/2024 15:56
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