Varejo

Confiança do consumidor segue em alta e avança pelo 2º mês consecutivo

Em abril, índice medido pelo FGV/Ibre subiu 1,9 ponto e atingiu pontuação de 93,2, em escala de 0 a 200

O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre) divulgou, nesta quarta-feira (24/4), a edição de abril do Índice de Confiança do Consumidor (ICC). Neste mês, o nível de otimismo subiu 1,9 ponto e atingiu 93,2 pontos (em escala de 0 a 200), retomando ao mesmo patamar de dezembro do ano passado. Na média móvel trimestral, o índice avançou 0,8 ponto e registrou o primeiro aumento após seis quedas consecutivas.

A expectativa em relação aos próximos meses foi um fator preponderante para o aumento da confiança em abril, de acordo com o instituto responsável pela pesquisa. Em contrapartida, as avaliações sobre o cenário atual apresentaram uma ligeira queda neste mês, com o Índice da Situação Atual (ISA) caindo 0,1 ponto, para 80,6 pontos, após registrar uma sequência de dois avanços.

Na avaliação da economista do FGV/Ibre, Anna Carolina Gouveia, a melhora da confiança no mês foi influenciada, principalmente, pelas expectativas para os próximos meses, enquanto que a percepção sobre a situação atual ficou praticamente estável entre os meses de março e abril.

“A segunda alta consecutiva sugere uma possível reversão da desaceleração iniciada no último trimestre do ano passado, com o indicador de situação financeira futura sendo o principal impulsionador dessa melhora. No entanto, com as limitações financeiras que muitas famílias enfrentam, ainda é cedo para confirmar uma tendência mais clara de recuperação da confiança nos próximos meses”, explica a economista.

Finanças futuras em alta

O indicador que causou o maior impacto para o aumento mensal do ICC em abril — entre todos os quesitos que compõem o índice — é o que mede as perspectivas para as finanças futuras das famílias, que avançou 5,4 pontos neste mês e atingiu o maior nível (106,2 p.) desde agosto do ano passado.

Também houve avanço no indicador que mede as perspectivas sobre a situação futura da economia, que subiu 2,4 pontos, para 113,0 pontos, e no ímpeto de compras de bens duráveis, que apresentou alta de 1,3 ponto, para 87,1 pontos, após uma queda mais acentuada no mês anterior.

A ligeira queda nas avaliações sobre o momento foi influenciada pela percepção sobre as finanças pessoais das famílias, com queda de 0,7 ponto, para 69,2 pontos. No sentido contrário, a avaliação sobre a economia local subiu pelo segundo mês consecutivo, agora em 0,5 ponto, para 92,3 pontos.

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