Comércio exterior

Metade das exportações para UE e China está exposta a barreiras comerciais

Dos US$ 151 bilhões vendidos para os destinos, mais de US$ 79 bilhões estão expostos aos obstáculos, o que representa 23% do valor exportado pelo Brasil em 2023

Relatório de Barreiras Comerciais Identificadas pelo Setor Privado Brasileiro, divulgado na semana passada, detalha 85 entraves às exportações -  (crédito: APPA/Divulgação)
Relatório de Barreiras Comerciais Identificadas pelo Setor Privado Brasileiro, divulgado na semana passada, detalha 85 entraves às exportações - (crédito: APPA/Divulgação)

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou um levantamento que mostra o tamanho do impacto de barreiras comerciais impostas ao produto brasileiro: dos US$ 151 bilhões vendidos para União Europeia e China, mais de US$ 79 bilhões estão expostos aos obstáculos — o que equivale a 23% do valor exportado pelo Brasil em 2023. 

A CNI identifica os entraves impostos por outros países e notifica o governo brasileiro para o acompanhamento e negociação para eliminação de barreiras, de forma conjunta. O objetivo é ampliar o acesso a mercados e a participação da indústria no comércio internacional. 

A 3ª edição do Relatório de Barreiras Comerciais Identificadas pelo Setor Privado Brasileiro, divulgada na semana passada, detalha 85 entraves às exportações, 10% a mais do que os 77 registrados na edição anterior, divulgada em 2023. O levantamento mais recente foi feito em parceria com 20 entidades setoriais, uma a mais do que as consultadas no documento divulgado no ano passado. 

O relatório entregue ao governo brasileiro nesta semana mostra que as principais barreiras comerciais estão concentradas na União Europeia (18), na China (7) e no Japão (7). Destacam-se ainda Argentina (6), Arábia Saudita (5), México (5), Índia (4), Estados Unidos (4), Colômbia (3) e Uruguai (3).

"O crescimento das exportações brasileiras e o aumento da participação nas exportações mundiais dependem de duas grandes medidas: uma ligadas às questões domésticas, de competitividade, e outra de acesso a mercados, com uma maior participação de produtos brasileiros em outras economias. É nessa segunda parte que entra o relatório de barreiras, com uma contribuição considerável para que o governo brasileiro tenha insumos qualificados para uma estratégia de diplomacia proativa e persistente de eliminação desses obstáculos”, explica a gerente de Comércio e Integração Internacional da CNI, Constanza Negri.

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postado em 22/05/2024 16:15 / atualizado em 22/05/2024 16:16
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