PRODUTOS ALIMENTÍCIOS

Haddad diz que preço de alimentos deve cair com "supersafra" e queda do dólar

Ministro da Fazenda afirmou que oferta de produtos não acompanhou demanda, devido a maior renda e poder de compra das famílias

Apesar de supersafra, alguns produtos, como o café, devem seguir caros, devido a aumento de demanda no mundo inteiro, segundo Haddad -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Apesar de supersafra, alguns produtos, como o café, devem seguir caros, devido a aumento de demanda no mundo inteiro, segundo Haddad - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, em entrevista ao Flow Podcast nesta sexta-feira (7/3), que uma “supersafra” e desvalorização do dólar em frente ao real devem fazer com que preços de produtos alimentícios caiam.  

Segundo ele, o aumento da inflação ocorre devido ao crescimento do país, comprovado pelo crescimento de 3,4% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 — conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta sexta.

Este seria o maior crescimento desde 2021 e, somado à menor taxa de desemprego da história, faria com que a oferta de produtos não acompanhasse a demanda. “A renda das famílias cresceu, elas estão comprando mais, e, se a oferta não acompanha o crescimento da demanda, você tem um ajuste no preço, que é o que está acontecendo em alguns produtos agora”, explica. 

Apesar disso, o ministro acredita que haverá uma “supersafra” que conterá a inflação dos alimentos. “Eu acredito que uma série de produtos, que estão mais caros, vão ter preços reduzidos com a entrada da safra deste ano, que, ao que tudo indica, será uma supersafra”, afirma. 

Sobre 2024, Haddad relembra eventos climáticos extremos: “Inundação no Rio Grande do Sul, seca no Centro-Oeste, o milho está caro, a galinha come milho, o ovo ficou caro, o frango ficou caro”. 

Além disso, ele menciona uma “redução do preço do dólar” que também ajudaria no barateamento de alguns produtos este ano. Outros, como o café, por sua vez, seguiriam caros, devido ao aumento da demanda no mundo inteiro. 

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O ministro afirmou, também, que o país está em “posição confortável” para negociar taxações advindas dos Estados Unidos uma vez que “seria um capricho arrumar confusão com o Brasil”, devido a todo comércio de serviços e mercadorias entre as duas nações.  

Lara Perpétuo
postado em 07/03/2025 22:51
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