
Aposentados e pensionistas vítimas da fraude no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) serão atendidos presencialmente por servidores do órgão, anunciou o presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, nesta segunda-feira (19/5).
"Nós precisamos de outro tipo de atendimento. Um atendimento presencial. Vamos lançar em breve. Hoje não tem. (Hoje o atendimento) É pelo aplicativo Meu INSS e no telefone 135", disse Waller Júnior, em entrevista a rádio CBN.
Segundo o presidente do INSS, o atendimento presencial começará "em breve". Este serviço será destinado especificamente a aposentados e pensionistas que tiveram descontos considerados ilegais e que desejam solicitar o reembolso dos valores. O atendimento presencial, ainda segundo Waller Júnior, ocorrerá em parceria com os Correios e Telégrafos.
"Os Correios são um parceiro importante e tem representativa em 4.400 municípios, o que facilita a chegada dos segurados", explicou. Os detalhes de como funcionará essa colaboração para que o atendimento seja feito nas agências dos Correios serão anunciados nesta semana, garantiu o presidente do INSS.
Atualmente, a solicitação de reembolso para essa finalidade é feita exclusivamente por canais digitais (aplicativo Meu INSS) e pelo telefone 135, sem opção de atendimento presencial.
Busca ativa
Além do atendimento presencial, Waller Júnior anunciou que o INSS realizará uma busca ativa a segurados que possivelmente foram lesados pelos desvios irregulares de recursos. Essa ação, segundo ele, será voltada para segurados que moram em locais de difícil acesso ou que não conseguiram estabelecer contato com o instituto por telefone ou aplicativo.
"A nossa missão é não deixar ninguém para trás. Para que todo mundo que teve desconto possa reaver esse dinheiro e verificar se esse desconto foi regular ou não", afirmou.
Fraude no INSS
O anúncio de atendimento presencial e de busca ativa de segurados do INSS ocorreu em meio às investigações que apontaram esquema de desvios de valores por meio de descontos associativos não autorizados por aposentados e pensionistas.
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Descoberto por órgãos como Polícia Federal e Controladoria-Geral da União (CGU), o esquema revelou que entidades associativas haviam cobrado um total de R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas entre os anos de 2019 e 2024.