Guerra comercial

Pecuaristas dos EUA apoiam "tarifaço" a produtos brasileiros

Em seu site, a Associação Nacional de Pecuaristas dos Estados Unidos (NCBA) endossa medidas protecionistas de Trump em relação ao setor

A carne bovina brasileira não é bem-vinda nos EUA porque, de acordo com a NCBA, produtores brasileiros têm uma
A carne bovina brasileira não é bem-vinda nos EUA porque, de acordo com a NCBA, produtores brasileiros têm uma "abismal falta de responsabilidade em relação à saúde do gado e à segurança alimentar" - (crédito: Wikimedia Commons/Richard Bartz, Munich Makro Freak)

Pecuaristas dos Estados Unidos aprovam a promessa de "tarifaço" de 50% a produtos brasileiros importados pelos EUA. Além disso, o setor — representado pela Associação Nacional de Pecuaristas dos Estados Unidos (NCBA) — cobra pela suspensão total da entrada dos produtos brasileiros no país.

"A Associação Nacional de Pecuaristas dos Estados Unidos apoia firmemente o plano do presidente Trump de impor ao Brasil com uma tarifa de 50%”, afirmou a categoria, em entrevista, nesta segunda-feira (21/7), à CNN.

A carne bovina brasileira não é bem-vinda nos EUA porque, de acordo com a NCBA, produtores brasileiros têm uma “abismal falta de responsabilidade em relação à saúde do gado e à segurança alimentar”. 

Endosso ao protecionismo

O site da Associação Nacional de Pecuaristas dos Estados Unidos compartilha uma série de artigos de opinião em defesa de medidas protecionistas adotadas pelo governo de Donald Trump. Assinado pelo presidente da Associação Nacional de Pecuaristas e Pecuarista de Nebraska, Buck Wehrbein, um texto publicado no início de julho, na página da NCBA, elogia o lançamento do Plano de Segurança Agrícola, pelo presidente Donald Trump.

“Estamos satisfeitos que o USDA esteja protegendo nossas fazendas e ranchos familiares, examinando aquisições estrangeiras para garantir que não ameacem a agricultura americana, protegendo a pesquisa agrícola dos EUA de adversários estrangeiros e reforçando programas de saúde animal para prevenir um surto de doença animal estrangeira", escreveu o presidente da Associação Nacional de Pecuaristas e Pecuarista de Nebraska.

O Plano de Segurança Agrícola, citado por Buck Wehbein, prevê o incentivo à pesquisa e apoio a programas de assistência, além de restringir a atuação de estrangeiros na agropecuária do país.

O Correio questionou e aguarda respostas do Ministério da Agricultura e Pecuária e a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) sobre o posicionamento da associação de pecuaristas dos Estados Unidos.

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postado em 21/07/2025 17:06 / atualizado em 21/07/2025 17:07
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