
Durante entrevista ao programa CB.Poder desta segunda-feira (21/7) — uma parceria do Correio com a TV Brasília —, o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, comenta sobre o impactos das tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a soberania brasileira. Ele diz ainda esperar que as conversas entre os dois países, lideradas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, tenham equilíbrio e bom senso.
“A gente espera que o presidente dos Estados Unidos recue uma vez que não há motivo comercial, econômico, para que essa tarifa seja aplicada”, destacou Cappelli em conversa aos jornalistas Carlos Alexandre de Souza e Roberto Fonseca. Ele classifica as ameaças de Trump de "estapafúrdias" e uma tentativa de interferir no Judiciário brasileiro a favor da família Bolsonaro.
Cappelli também avalia a live feita por Eduardo Bolsonaro nas redes sociais no domingo (20) em que ameaça agentes da Polícia Federal. “A impressão que eu tive foi de estar assistindo ao vídeo de um sequestrador, de um líder de organização criminosa”, apontou. “Isso não se trata de uma coisa de direita ou esquerda. Isso é a questão da soberania do Brasil”, completou.
O presidente da ABDI diz achar inaceitável que a soberania brasileira seja agredida e que este é o momento do povo brasileiro se unir também contra os ataques dos EUA. “Um ataque à Suprema Corte, quando caça o visto de oito ministros, você está fazendo um ataque direto à Suprema Corte. Você está colocando em dúvida a condução da Suprema Corte, por uma nação estrangeira tentando intervir em assuntos internos do Brasil.”
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De acordo com o presidente da ABDI, as tarifas impostas por Donald Trump em todo planeta causam instabilidade e turbulência para empresários e empresas. Ele também acredita estar havendo uma transição da hegemonia econômica para a Ásia, o que gera trepidação no Ocidente. No Brasil, porém, Cappelli vê o papel do governo de conduzir as negociações com pragmatismo e bom senso.
Ele também afirma que o impacto das medidas impostas é importante, mas que não afeta estruturalmente o PIB (produto interno bruto) brasileiro. “Estamos falando de algo em torno de 0,3% de impacto no PIB, não estamos falando de algo que vai desestruturar o PIB, longe disso.”
Veja a entrevista completa:
*Estagiário sob supervisão de Andreia Castro
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