
A oito dias para a vigência da taxa de 50% sobre produtos brasileiros importados para os Estados Unidos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, projetou, nesta quinta-feira (25/7), a possibilidade de o plano de contingência do governo federal contar com uma linha de crédito para empresários lesados pelo 'tarifaço' anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
"Tem propostas em todos os sentidos, inclusive de linha de crédito, mas não posso antecipar a decisão que não foi tomada ainda", disse o ministro, em entrevista à rádio Itatiaia. A previsão da Fazenda é que o plano seja apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na segunda-feira (28/7).
Caso a tarifa a produtos brasileiros de fato entre em vigor, Haddad calcula que mais de 10 mil empresas nacionais sejam afetadas. Embora seja notável o impacto ao setor produtivo, Haddad ponderou que o tarifaço terá potencial para impactar os consumidores norte-americanos.
“Americanos também podem ser afetados, suco de laranja, café e hambúrguer podem ficar mais caros”, pontuou o ministro da Fazenda.
Reuniões interministeriais
Desde a semana passada, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, promover reuniões com representantes de empresas prejudicadas com o tarifaço de Trump.
Alckmin, nesta quinta-feira, recebeu representantes dos setores de varejo, armamento e indústria para uma reunião no Mdic. Dias atrás, o ministro recebeu representantes de áreas como o agronegócio, o setor farmacêutico e de minérios.
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