
O valor da produção florestal atingiu em 2024 o recorde de R$ 44,3 bilhões, com alta de 16,7% e produção em 4.921 municípios. O valor da produção da silvicultura continua superando o da extração vegetal, o que ocorre desde 1998.
A silvicultura manteve a trajetória de crescimento dos últimos anos ao atingir o valor de R$ 37,2 bilhões, alta de 17,4% em relação ao alcançado em 2023. Os dados foram publicadas nesta quinta-feira (25/9), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e fazem parte da pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS).
A extração vegetal subiu em 13% em relação ao ano anterior, quando havia variado 0,3%. Assim, o valor de produção alcançado em 2024 ultrapassou R$ 7 bilhões.
“Após 2020, a gente tem um crescimento muito forte da silvicultura. Quando a gente compara a produção de 2019 com a produção de 2024, a gente tem um crescimento de 140%, impulsionado pelos avanços tecnológicos e pelo valor da celulose. O preço da celulose tem estado alto e isso incentiva os produtores a investir tanto em tecnologia quanto no aumento da área plantada”, destaca o gerente de Agricultura do IBGE, Carlos Alfredo Guedes.
Em 2024, houve acréscimo de 2,2% nas áreas de florestas plantadas no país, ou mais 217,8 mil hectares. A área total da silvicultura é de 9,9 milhões de hectares, dos quais, 7,7 milhões são de eucalipto, usado predominantemente na indústria de papel e celulose. Juntos, eucalipto e pinus foram responsáveis pela cobertura de 96,2% das áreas de silvicultura para fins comerciais no país.
Entre as regiões, Centro-Oeste (8%), Sudeste (1,5%) e Sul (1,4%) apresentaram crescimento nas áreas de florestas plantadas em 2024. Houve redução de 2,7% e 0,8% nas Regiões Norte e Nordeste, respectivamente.
Segundo a Embrapa, silvicultura é a arte e a ciência que estuda as maneiras naturais e artificiais de restaurar e melhorar o povoamento nas florestas.
Minas Gerais segue apresentando o maior valor da produção da silvicultura, com R$ 8,5 bilhões, o que representa 22,8% do valor apurado pelo setor. Essa Unidade da Federação é também a maior produtora de carvão vegetal, muito utilizado no setor siderúrgico, respondendo por 83,3% do volume nacional. Houve decréscimo de 6,8% na quantidade e de 0,5% em valor da produção a preços correntes.
O Paraná figura na sequência, ao registrar R$ 6,3 bilhões em valor de produção da silvicultura, um incremento de 24,1%, sendo que o estado é o maior produtor de madeira em tora para outras finalidades, sendo responsável por 32,1% da produção nacional. A produção reduziu 5,7%, ficando em 21,1 milhões de metros cúbicos, e o valor da produção subiu 4,9%, chegando a R$ 3 bilhões em termos nominais.
Principais pontos da pesquisa:
- Valor da produção florestal atinge recorde de R$ 44,3 bilhões em 2024, alta de 16,7%, segundo IBGE
- Silvicultura responde por 84,1% do setor, com R$ 37,2 bilhões, enquanto a extração vegetal soma R$ 7 bilhões
- Madeira em tora para papel e celulose impulsiona alta: +28% em valor, chegando a R$ 14,9 bilhões
- Minas Gerais lidera a silvicultura nacional com R$ 8,5 bilhões, seguida pelo Paraná (R$ 6,3 bilhões)
- Celulose alcança 10,6 bilhões de dólares em exportações em 2024, crescimento de 33,2% frente a 2023
- Açaí mantém liderança entre produtos não madeireiros, com R$ 1 bilhão em valor, puxado pelo Pará
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