Aviação civil

CEO da Latam diz que estava "tranquilo" com possível fusão de Azul e Gol

Empresas concorrentes desistiram de seguir com processo que poderia unir duas das maiores companhias do país

O CEO da Latam, Jerome Cadier, durante a inauguração do Hangar 9 no MRO da empresa, ao lado do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin -  (crédito: Divulgação LATAM)
O CEO da Latam, Jerome Cadier, durante a inauguração do Hangar 9 no MRO da empresa, ao lado do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin - (crédito: Divulgação LATAM)

O CEO da Latam Airlines Brasil Jerome Cadier disse, nesta sexta-feira (26/9), que estava “tranquilo” durante as negociações entre a Gol e a Azul que poderiam resultar em uma fusão das duas companhias. No dia anterior, o fim das tratativas foi anunciado por meio de nota da Azul Linhas Aéreas. Além disso, as empresas também encerraram o acordo de cooperação comercial (codeshare) firmado em maio de 2024.

Em evento de lançamento de um novo hangar na cidade de São Carlos (SP), Cadier disse que a empresa sempre confiou em uma análise “correta” do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), caso o acordo avançasse.

“A gente sempre confiou que o processo naturalmente ia transcorrer. Em algum momento isso ia passar pelo Cade. Não chegou a ter isso e as companhias tomaram a decisão que eu acho que cabe a pergunta a elas de porque que essa decisão foi tomada. Acho que a gente está sempre tranquilo, estava tranquilo naquele momento, continua tranquilo hoje”, destacou o CEO.

O executivo ainda ressaltou que o objetivo da empresa nunca foi ser a maior companhia nacional, mas, sim, priorizar a sustentabilidade, para que a companhia continue “viva e forte”, como ressaltou Cadier. “Não nos preocupava, necessariamente, que a liderança estivesse, ou não, com a gente. O importante é a sustentabilidade, é o crescimento sustentável, que é isso que a Latam tem mostrado”, acrescentou.

Hangar de R$ 40 milhões

O hangar inaugurado pela Latam nesta sexta-feira foi construído em apenas 10 meses e é especializado na manutenção pesada de aeronaves Boeing 787 Dreamliner, um dos maiores modelos comerciais do mundo. O investimento total do projeto chegou a R$ 40 milhões e gerou 300 novos empregos diretos. Para o CEO da empresa no Brasil, a possibilidade de fazer a manutenção da aeronave no próprio país foi um dos motivos que atraiu a companhia a realizar o empreendimento.

“Cria empregos, cria oportunidade para a região e cria oportunidade para a Latam. Cada vez mais, quando a gente hoje pode fazer operações aqui, ao invés de mandar essa aeronave para outro país, a gente consegue empregar as pessoas e consegue desenvolver um resultado mais sustentável para as empresas. Então, é muito importante isso”, frisou Cadier.

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postado em 26/09/2025 16:02
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