O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (23/9) que o impacto do aumento de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, imposto pelos Estados Unidos, deve ser limitado. Segundo ele, a medida adotada pelo governo norte-americano não tem base econômica.
“Não faz sentido taxar commodities, ainda mais do Brasil, que tem os melhores produtos do mundo”, disse em entrevista ao ICL. Haddad destacou que apenas 4% das exportações brasileiras foram afetadas pelo aumento das tarifas e ressaltou que, nos últimos 10 anos, o país diversificou seu portfólio de exportações em relação aos primeiros mandatos do presidente Lula (2003-2010).
O ministro reforçou que o Brasil não terá dificuldades em conquistar novos compradores internacionais. “Temos capacidade de realocar nossas exportações. Os produtos brasileiros são valorizados no mundo inteiro”, afirmou.
Segundo Haddad, a expectativa é de que a questão seja resolvida após o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Acredito que isso vai passar. Foi uma ingerência de um país sobre nós, em um assunto que não é do Executivo, mas da Justiça”, avaliou. “Após essa fase aguda, julgamento e publicação da decisão sobre Bolsonaro, acredito que isso será superado. Não há base econômica, só pode estar baseada em desinformação”, acrescentou.
O chefe da equipe econômica afirmou ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está tratando o assunto com responsabilidade, evitando transformá-lo em um palanque político. “Lula está mantendo uma postura sóbria. Desde o início, deixei claro que não havia necessidade de alarde, porque o impacto macroeconômico é pequeno.”
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