PETRÓLEO

Petrobras obtém aval do Ibama para explorar Margem Equatorial do Amapá

Autorização vale para a perfuração de um poço exploratório localizado a 500 km da foz do Rio Amazonas e a 175 km da costa brasileira

A sonda da Petrobras já se encontra no local designado para a perfuração e o processo deve começar imediatamente. -  (crédito: Divulgação/Petrobras)
A sonda da Petrobras já se encontra no local designado para a perfuração e o processo deve começar imediatamente. - (crédito: Divulgação/Petrobras)

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu uma licença de exploração à Petrobras para a perfuração de um poço exploratório na margem equatorial brasileira. O local onde deve ser realizado o empreendimento fica a 500 km da foz do rio Amazonas e a 175 km da costa do país, nas águas profundas do Amapá.

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A Petrobras informou, em nota, que a sonda já se encontra no local designado para a perfuração e o processo deve começar imediatamente. Até o fim dessa etapa, não haverá produção de petróleo no local e a pesquisa deve tentar obter mais informações para confirmar se há petróleo e gás na área em escala econômica. A expectativa da companhia é encerrar a perfuração em até cinco meses.

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que a licença expedida pelo Ibama é uma “conquista da sociedade brasileira” e revela que há um compromisso das instituições nacionais em dialogar e viabilizar empreendimentos que estimulem o desenvolvimento do país. Ela destacou que o processo levou quase cinco anos até ser encerrado nesta segunda-feira e que a empresa buscou conversar com governos e órgãos ambientais municipais, estaduais e federais.

“Nesse processo, a companhia pôde comprovar a robustez de toda a estrutura de proteção ao meio ambiente que estará disponível durante a perfuração em águas profundas do Amapá. Vamos operar na Margem Equatorial com segurança, responsabilidade e qualidade técnica. Esperamos obter excelentes resultados nessa pesquisa e comprovar a existência de petróleo na porção brasileira dessa nova fronteira energética mundial", disse a executiva.

Tema polêmico

A exploração da margem equatorial é um tema que dividiu opiniões dentro do próprio governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Uma das vozes mais atuantes contra a iniciativa é a da ministra do Meio Ambiente e Clima, Marina Silva, que por diversas vezes, manifestou divergência em relação ao projeto, que segundo ela, poderia trazer malefícios à biodiversidade na região.

Apesar disso, a Petrobras destacou, em nota, que os requisitos estabelecidos pelo Ibama foram atendidos. A última etapa antes da licença foi uma simulação in loco, no último mês de agosto, que é chamado de Avaliação Pré-Operacional (APO). Nesse processo, o instituto comprovou a eficácia do plano de resposta à emergência e a capacidade da petrolífera.

“A companhia segue comprometida com o desenvolvimento da Margem Equatorial brasileira, reconhecendo a importância de novas fronteiras para assegurar a segurança energética do país e os recursos necessários para a transição energética justa”, completou a empresa.

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postado em 20/10/2025 13:55 / atualizado em 20/10/2025 13:58
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