
Um dia após os Estados Unidos anunciarem o fim das sobretaxas de 40% a produtos brasileiros, o presidente em exercício Geraldo Alckmin (PSB) classificou o comunicado dos EUA como "maior avanço das negociações" entre os dois países.
Ao todo, "238 produtos saíram do tarifaço. Café, cacau, frutas, açaí, manga, raízes, tubérculos, fertilizantes, foi um conjunto de produtos. Nós estávamos com 36% (de produtos sobretaxados). Hoje nós temos (ainda sob tarifas) 22% da exportação brasileiras aos Estados Unidos", afirmou Alckmin, nesta sexta-feira (21/11), em coletiva à imprensa realizada no Palácio do Planalto.
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Geraldo Alckmin assumiu a cadeira de presidente da República em substituição temporária a Luiz Inácio Lula da Silva, que viajou à África do Sul, onde participará de reuniões do G20, neste fim de semana. Alckmin, além de celebrar a retirada do tarifaço a alguns produtos brasileiros, disse que o Brasil e os Estados Unidos negociam a ampliação dos produtos isentos da sobretaxa e a retirada de sanções econômicas a ministros de Estado e magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF).
"Lula, quando conversou com Trump, fez dois pleitos: a redução tarifária, colocando nossos argumentos porque os EUA tem superavit comercial, e também colocou a questão da Lei Magnitsky em relação aos ministros afetados", completou Alckmin.
Embora a retirada do tarifaço abranja produtos como carne bovina e diversas frutas, o comunicado do governo norte-americano deixou de fora alguns itens. Um deles é a manutenção da sobretaxa de 50% à importação de uvas brasileiras pelos EUA. Nessa lista de exceções, há também pescados e calçados.
Quanto à aplicação da Lei Magnitsky a ministros brasileiros, o magistrado Alexandre de Moraes e o último nome indicado por Lula ao Supremo, o advogado-Geral da União (AGU), Jorge Messias, tiveram seus vistos para os Estados Unidos cassados, além de sofrerem sanções econômicas como bloqueios de uso de cartões de crédito com bandeira norte-americana.
Na conversa com jornalistas, Alckmin também ponderou que, embora não haja definição de uma data para o encontro entre líderes do Brasil e dos Estados Unidos, Lula convidou o presidente dos EUA, Donald Trump, para vir ao Brasil. "Ele (Lula) também se colocou à disposição para ir a Washington (capital norte-americana)", acrescentou Alckmin.

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