Futebol

'É imprescindível' revisar o calendário do futebol mundial, diz presidente da Fifa

Dirigente da entidade que comanda o futebol mundial voltou a defender a realização a Copa do Mundo a cada dois anos

Agence France-Presse
postado em 17/10/2021 18:16
 (crédito: AFP)
(crédito: AFP)

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, disse neste domingo no Chile que "é fundamental" rever o calendário de clubes e seleções em nível mundial, além de voltar a defender a realização a Copa do Mundo a cada dois anos.

O dirigente da entidade que comanda o futebol mundial considerou que o calendário atual esgota os jogadores pelas longas viagens que têm de fazer para jogar com as suas equipes e seleções.

"Hoje o calendário internacional é mais negativo para os sul-americanos do que para os europeus, por exemplo. Todos os jogadores atuam, ou quase todos, ou muitos, na Europa e têm que viajar para encontrar suas seleções", declarou Infantino em entrevista coletiva na sede da Federação Chilena de Futebol, em Santiago, ao lado do presidente da entidade, Pablo Milad.

Ele acrescentou que estudos revelam que um jogador sul-americano em quatro anos viaja 10 vezes mais que um europeu para atuar pela sua seleção, o que afeta sua saúde e é decisivo em relação aos jogadores europeus no final da temporada quando têm que jogar uma Copa do Mundo.

“A nossa responsabilidade é garantir que os principais personagens que são os jogadores possam jogar nas melhores condições e igualdade do mundo, sem dar vantagens a uns e desvantagens a outros”, afirmou o presidente da Fifa.

Infantino, que chegou no sábado ao Chile após ir à Venezuela, voltou a defender sua ideia de realizar a Copa do Mundo a cada dois anos.

"Acho que teria um impacto positivo, porque quanto mais futebol de alto nível, melhor para todos no futebol", disse.

Já levantada e descartada na década de 1990, a ideia de um Mundial bienal em vez de a cada quatro anos, como vem sendo disputada desde seu início em 1930, ressurgiu nos últimos meses e atraiu grandes críticas.

O presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, condenou esta proposta em meados de junho, considerando-a "impossível".

Para a Conmebol, uma Copa do Mundo a cada dois anos poderia “desnaturalizar” a competição, “rebaixando sua qualidade e minando seu caráter exclusivo e seus atuais padrões de exigência”.

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