O tricampeonato da Argentina na Copa do Mundo Qatar-2022 é, também, uma conquista de uma marca poderosa. Fornecedora de materiais esportivos do principal torneio do planeta desde 1970, a Adidas se orgulha de ser o símbolo mais vitorioso da história da competição. Ao estampar o uniforme alviceleste na peregrinação de 28 dias pelo título no deserto catari, a grife alemã reforçou a hegemonia na competição.
A marca sediada na pacata cidade alemã de Herzogenaurach causa inveja não somente nas concorrentes, como a Nike, mas também em seleções. Enquanto o Brasil sonha com o hexa, a Adidas já ostenta seis títulos da Copa do Mundo. Além de 2022, dividiu as glórias com a Argentina de Mario Alberto Kempes (1978), a Alemanha de Lothar Matthäus (1990), a França de Zinedine Zidane (1998) e a Espanha de Xavi e Iniesta (2010).
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- Argentinos fazem fila para comprar camisa da seleção com 3 estrelas.
A Adidas dita a verdadeira moda dos gramados do Mundial. Hoje, a marca alemã tem quatro conquistas de vantagem para a grande a rival Nike. A empresa norte-americana soma apenas duas aparições em camisetas vitoriosas na competição: Brasil (2002) e França (2018). Bateu na trave neste ano com Mbappé e companhia e ficou com o vice ao lado da Holanda de Arjen Robben, há 12 anos na África do Sul.
Outras grifes também colecionam um título cada. A também alemã Puma orgulha-se do troféu em parceria com a Itália de 2006. A britânica Umbro vestiu a Seleção Brasileira no tetracampeonato nos Estados Unidos, em 1994, enquanto a francesa Le Coq Sportif desenvolveu os trajes da apoteose da Argentina de Diego Maradona em 1986, no México.
A excelente fase da Adidas no cenário esportivo também comprovada pela quantidade de comentários nas redes sociais. Segundo o monitoramento da empresa brasileira Stilingue, na última semana de bola rolando pela Copa do Mundo, a marca alcançou o posto de segunda mais citada entre os usuários, superando a distribuidora de cervejas oficiais do evento, a Budweiser. A liderança ficou com a Nike, porém, por uma gafe. Os norte-americanos disponibilizaram, no site, a venda do uniforme da França com a terceira estrela bordada. Embora o erro tenha sido corrigido, os internautas não perdoaram.
Apesar de ser a fornecedora oficial do torneio Fifa, a Adidas não tem a preferência das principais seleções do planeta. Na edição do Catar, estampou as camisetas de sete das 32 equipes. A Nike liderou com 13 acordos firmados. Há quatro anos e meio, o cenário era inverso. As três listras foram predominantes na disputa na Rússia, com 12 parcerias, enquanto a concorrente norte-americana apareceu com 10.
Embora estejam consolidadas no cenário esportivo, as fornecedoras nem sempre estiveram visíveis na principal competição do planeta bola. O tricampeonato do esquadrão da Seleção Brasileira em 1970, no México, não tinha nenhuma marca estampada. Foi a última versão da Amarelinha clássica, sem qualquer detalhe. A moda só pegou a partir da edição de 1978, vencida pela Argentina, em casa. De lá para cá, são nomes certos nas listas das principais seleções e arriscam fazer história junto aos países.
A saga hermana pela camisa
A pré-venda da camisa da seleção argentina com a terceira estrela no peito esgotou pouco antes do início da venda on-line, enquanto consumidores fizeram filas, ontem, nas lojas da patrocinadora oficial. "Levantei cedo, madruguei e pedi folga no trabalho para comprar a camisa, mas parece que não está disponível, mentiram para nós", disse Franco Vastalegna. O jovem de 20 anos esperou pacientemente em uma fila em um dos shoppings de Buenos Aires, mas foi embora decepcionado e de mãos vazia.
"É uma pena, porque demorar uma semana para bordar uma estrela é ridículo, pelo menos se eles vissem que as camisas não chegariam, deveriam ter anunciado antes", reclamou. No site de vendas on-line da Adidas, fornecedora da Argentina, era necessário cadastrar-se para entrar na pré-venda.
"A camisa que todos os argentinos querem está aqui, junte-se ao adiClub para ser um dos primeiros a conseguir", informa a marca no site, sem dar detalhes. Nas lojas físicas, no entanto, a peça não está disponível.
"Vim buscar a camisa, mas não a encontrei. Nas redes, tinha lido que só estaria no aplicativo e na página. Mas nem a página, nem o aplicativo carregam. Continuaremos esperando. As informações são muito confusas. Entendo que existe uma demanda enorme, mas é uma pena que não tenham podido comunicar devidamente", disse frustrado Hernán Casaglia, de 42 anos.
Silvana Pérez, 45, também foi embora decepcionada. "Vim buscar a camisa que, em teoria, estaria disponível, mas não estava. Segundo o vendedor, isso nunca foi confirmado pela Adidas. Aparentemente, a data foi uma jogada, mas a camisa não chegou aqui, não podem confirmar quando vai chegar", relatou.
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