Tênis

Bia Haddad Maia sobre semis em Roland Garros: "Vivendo um sonho"

Após superar Ons Jabeur e ser a primeira brasileira em semifinais da competição desde Guga, em 2001, paulista confessa ter sofrido com "fantasminhas" na Quadra Philippe-Chatrier

Paulo Martins*
postado em 07/06/2023 09:51 / atualizado em 07/06/2023 11:47
 (crédito:  AFP)
(crédito: AFP)

O Brasil volta a ser semifinalista em Roland Garros depois de duas décadas. Nesta quarta-feira (7/6), Beatriz Haddad Maia venceu a tunisiana Ons Jabeur, número 7 do ranking mundial, por dois sets a um – parciais de 3/6, 7/6 e 6/1 – e é a primeira semifinalista do grand slam francês desde Gustavo Kuerten, o Guga, em 2001.

Após a partida, a paulista tentou se conter quanto à emoção e à energia da partida, falando à transmissão oficial do campeonato. “Tive condições de fazer um bom trabalho físico e mental e isso é o tênis, onde trabalhamos por esses momentos. Me lembro, no meio do segundo set, que meu técnico me apontou o relógio e estava em uma hora de set, então tive de ser paciente e seguir a atacar. Ela (Jabeur) é uma grande jogadora, uma das melhores do mundo, então estou feliz e orgulhosa de mim e do meu time, hoje”, declarou.

“Nunca é fácil jogar contra ela, você pode ter uma rebatida diferente da que espera, então tive que ter calma. Não é fácil sequer manter a leitura de jogo dela em quase três horas, então tenho que manter a cabeça no próprio jogo”, descreveu a maneira de atuar da rival. Nas semifinais, Bia encara a líder do ranking WTA, Iga Swiatek, ou a número 6, Cori Gauff.

A brasileira relembra os momentos na vida profissional até a estreia na Quadra Philippe-Chatrier. “Sobre nunca ter passado da segunda rodada, passei por barreiras sempre, desde o começo. Nunca fui uma pessoa rompedora e fenomenal, tive que trabalhar muito para confiar em mim, então estou muito feliz, mais ainda porque a Ons é uma jogadora que eu respeitava e quando você entra em uma quadra desta pela primeira vez para jogar, onde é muito grande, o vento muda. É a primeira vez que piso no Chatrier, então tinha alguns fantasminhas. Vamos continuar até onde vai”, relatou à ESPN.

Para a virada, a resiliência foi mesclada à leitura da adversária, aliada à resistência física em quase três horas de partida. “Era muito importante eu ter a coragem de mudar a direção, de ir para frente. Eu tinha que mudar a altura ou pisar para dentro e às vezes é difícil porque ela pega a bola no quica-bate, então não é fácil. Eu tive muitas chances, (no segundo set) estava 4/1 para ela e eu tive dois games que poderia ter ganho e eu estava sem querer me acomodar (com uma derrota) e combinei de ganhar um set e se chegasse ao terceiro, acreditaria fui muito disciplinada e segui firme, estou muito feliz, estou vivendo um sonho”, conta, emocionada.

*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima

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