Copa do Mundo

Por que as jogadoras dos EUA não cantam hino nacional na Copa do Mundo?

Atitude da seleção tetracampeã do mundo chama atenção na Copa; entenda os motivos dos protestos das jogadoras estadunidenses

No Ataque
postado em 01/08/2023 12:41
Eleita a melhor jogadora da Copa de 2019, Megan Rapinoe passou a não cantar o hino nacional como forma de protesto -  (crédito: Saeed KHAN / AFP)
Eleita a melhor jogadora da Copa de 2019, Megan Rapinoe passou a não cantar o hino nacional como forma de protesto - (crédito: Saeed KHAN / AFP)

Classificada às oitavas de final da Copa do Mundo Feminina, a Seleção dos Estados Unidos chama a atenção do público pelo fato de as jogadoras não cantarem o hino nacional antes das partidas. A atitude começou na edição passada do Mundial, em 2019, liderada pela atacante Megan Rapinoe. Nesta terça-feira (1º/8), no empate sem gols das norte-americanas diante de Portugal, a situação não foi diferente.

Eleita a melhor jogadora da Copa de 2019, Rapinoe passou a não cantar o hino nacional em protesto a injustiças contra a comunidade LGBTQIAPN+ nos Estados Unidos.

“Seria necessário uma reforma do sistema criminal. Seria preciso diminuir a enorme lacuna de desigualdade que temos. Seria necessário um enorme progresso nos direitos LGBTQIAPN+ no país”, justificou a craque, que é casada com a estrela da WNBA, Sue Bird.

Naquele ano, Rapinoe trocou farpas publicamente com Donald Trump, então presidente dos Estados Unidos. Ela também criticou a Fifa pela desigualdade de pagamentos para mulheres em relação aos homens e pela escolha do Catar como sede da Copa do Mundo Masculina de 2022.

“Como esperar algo da Fifa se vão levar uma Copa do Mundo para o Catar, mesmo com todas as questões que sabemos que existem lá?”, disparou, citando o fato de o país do Oriente Médio criminalizar o homossexualismo e estipular, como pena máxima, o apedrejamento.

Já a zagueira Noemi Girma ressaltou a escolha individual para o boicote ao hino. “No final, cada jogadora pode escolher o que quer fazer. É tudo o que tenho a dizer”, afirmou a jogadora de 23 anos, ao ser questionada em coletiva de imprensa.

Vale citar que algumas jogadoras do elenco, como Julie Ertz, Alyssa Naeher e Lindsey Horan, não aderiram ao protesto no momento da execução do hino nacional.

Classificação dos Estados Unidos

Seleção tetracampeã mundial, os Estados avançaram às oitavas de final como segunda colocada do Grupo E, atrás da Holanda.

Foi a pior campanha dos EUA na história da fase de grupos da Copa do Mundo feminina. As norte-americanas nunca tinham somado apenas cinco pontos.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação